Sintomas de câncer no útero: Primeiros sinais, causas e tratamentos

Sintomas de câncer no útero: primeiros sinais, causas e tratamentos

Os sintomas de câncer no útero podem não surgir logo no início da doença, quando as células sofrem a mutação.

Várias cepas do papilomavírus humano (HPV), desempenham um papel importante no início nos cânceres do colo do útero.

Contudo, quando exposto ao HPV, o sistema imunológico da mulher normalmente impede que o vírus cause danos.

No entanto, em um pequeno grupo de mulheres, o vírus sobrevive por anos.

Dessa forma, ajuda no processo de diferenciação celular na superfície do colo do útero.

Até que a mutação aconteça e tais células se tornem cancerígenas.

Causas do câncer no colo do útero

Todo processo começa quando há uma alteração genética (mutação) que converte as células saudáveis em anormais.

Aliás, é assim que começa o câncer no colo do útero. As células normais crescem e se multiplicam constantemente e morrem em um determinado momento.

Mas, as células cancerosas crescem e se multiplicam sem controle e não morrem.

Elas fazem isso, sem que os sintomas de câncer no útero apareçam.

Assim, vão crescendo, se desenvolvendo e se acumulando até formar uma massa diferente de tudo que o corpo possui.

É uma massa anormal, um tumor!

Essas células cancerosas invadem os tecidos em volta do tumor.

Eventualmente, podem se separar das outras e se espalhar para outras partes do corpo.

É isso que os médicos chamam de metástase.

Na verdade, ainda não está claro qual é a causa do câncer do colo do útero.

Mas, definitivamente, o papilomavírus humano (HPV) participa do processo.

O HPV, aliás, é muito comum e a maioria das mulheres que têm o vírus nunca tem câncer cervical.

Estágios de câncer no colo de útero

De acordo com o Instituto Oncoguia [3], quando  instalado, o câncer tem cinco estágios.

No início ele está localizado apenas dentro do colo do útero.

No segundo e terceiro estágios, o câncer se espalha pelo útero e pode atingir a parede óssea e até a vagina.

Alguns dados informam que o câncer no colo do útero em grau 3 é o que mais mata.

Já na fase final, o câncer no colo do útero em metástase, já se espalha e vários órgãos ficam comprometidos.

  • Estágio zero: o câncer no colo do útero em grau zero indica que as células as cancerígenas ainda estão na superfície do colo do útero.
  • Estágio I: nessa fase, o câncer invade o colo do útero sem ir para fora do útero, podendo ser facilmente tratado.
  • Estágio II: o câncer já cresceu para fora do útero, mas ainda não se espalhou para as paredes da pelve ou para a vagina.
  • Estágio III: o câncer atingiu a vagina e a parede da pelve e pode estar bloqueando a uretra.
  • Estágio IV: o câncer já se espalhou para outras regiões do organismo como a bexiga, reto, pulmões ou fígado.

Sintomas de câncer no útero

De acordo com o Dr. Steve Kim [1], especialista em medicina familiar explica que, infelizmente, os sintomas de câncer no útero são idênticos a de outras doenças menos graves.

Ou, então, de alterações normais no corpo da mulher.

Sintomas de câncer no colo do útero avançado

Geralmente, o câncer do colo do útero em sua fase inicial não produz sinais ou sintomas.

Por isso se faz tão necessário os exames preventivos na mulher.

Os sintomas de câncer no útero em um estágio mais avançado são:

sintomas de câncer no útero
Adenocarcinoma cervical. O Adenocarcinoma do colo uterino é uma neoplasia maligna que envolve o epitélio glandular do colo uterino.

Câncer de útero tem cura?

De acordo com o Instituto Onconguia, assim como qualquer outro tipo de câncer, a descoberta precoce é fundamental para a sua cura.

Ou seja, quanto mais cedo descobrir a doença, maiores as chances de se livrar dela.

Hoje, podemos dizer que cerca de 44% das mulheres descobrem seus canceres de útero precocemente — estágios inicias — quase todas tem cura garantida.

Tratamento para câncer no colo do útero

  • Na cirurgia os médicos podem retirar o tecido atacado pelo câncer. Dependendo da situação podem retirar o útero todo, a vagina e os linfonodos da região.
  • A radioterapia usa radiação para matar as células cancerígenas. A aplicação pode ser fora do corpo ou dentro da vagina por alguns minutos.
  • A quimioterapia pode ser feita como um complemento à radioterapia ou para reduzir o tumor antes da cirurgia.

Quem está em risco de ter câncer no útero?

Um estudo publicado no Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis [2] analisou o perfil das mulheres que desenvolvem os sintomas de câncer no útero e os fatores de risco. Assim, podemos citar:

Ter muitos parceiros sexuais

Quanto mais parceiros sexuais você tiver (e quanto mais parceiros sexuais seu parceiro tiver), maiores serão as chances de adquirir o papilomavírus humano, e, consequentemente, o câncer no útero.

Ter relações sexuais em idade precoce

Ter relações sexuais em idade precoce aumenta o risco de adquirir o HPV.

Outras infecções sexualmente transmissíveis

Ter outras infecções sexualmente transmissíveis (como clamídia, gonorreia, sífilis e HIV / AIDS) aumenta o risco de contrair o vírus.

Ter sistema imunológico fraco

As chances de desenvolver câncer no útero são maiores em mulheres imunologicamente fracas. Assim, se você tiver outra doença que enfraquece o sistema imunológico e você pode contrair o vírus mais facilmente.

Sem dúvida, o tabagismo está associado ao carcinoma de células escamosas.

Como prevenir o câncer no útero?

  • Vacine-se contra o papilomavírus humano (HPV). Converse com seu médico ou no posto de saúde do seu bairro sobre a disponibilidade dessa vacina. Mas, atenção, a vacina é mais eficaz se administrada a meninas antes de serem sexualmente ativas.
  • Fazer os exames de Papanicolau regularmente. Os exames de Papanicolau podem detectar condições pré-cancerosas do colo do útero. Dessa forma, fica mais viável controlá-las ou tratá-las para prevenir a doença. A maioria das organizações médicas recomenda que as mulheres iniciem os exames de Papanicolau a partir dos 21 anos e as repitam a cada ano. Contudo, alguns médicos orientam que os exames se iniciem logo que tem a primeira relação sexual.
  • Pratique sexo seguro. Usar preservativos, ter menos parceiros sexuais e atrasar o início da relação sexual pode reduzir as chances.
  • Não fume, definitivamente!
Última atualização: 09 de abril de 2019   Artigo médico-científico: Jor. Bras. Doenças Sexualmente Transmissíveis [2]   Opinião médica: Dr. Steve Kim [1],