Embora esse tipo de assunto não seja tratado nos livros de história, os especialistas garantem que a história é repleta de monarcas homossexuais.
Nos tempos medievais e no início do renascimento, ser homossexual era um pecado grave, que superava todos os outros grandes pecados como a fornicação, a prostituição e o adultério.
Dizem que o início da idade moderna foi o período da história ocidental em que os relacionamentos homoafetivos foram mais perseguidos pela Igreja e pelo Estado.
Mas para os reis, rainhas e todos os membros da realeza, a situação era um bem menos crítica. Afinal, em tempos de absolutismo, quem teria coragem de acusar um rei?
Mesmo assim, os Monarcas não estavam livres de fofocas e bochichos nos corredores dos palácios e castelos. Alguns soberanos adotaram uma política de promoção favorecendo muitos jovens cortesãos que prestavam seus serviços para saciar a luxúria real.
Os reis eram obrigados a casar e gerar descendência, e, por isso, quase todos mantinham relações também com mulheres.
Independentemente do que acontecia entre as paredes dos aposentos reais, quase todos os monarcas homossexuais honraram sua principal obrigação em vida: casar e gerar descendência.
Rainha Cristina da Suécia
A rainha Cristina governou a Suécia no século 17 durante 22 anos.
Era uma mulher estranha para o seu tempo. Preferia vestir-se com roupas masculinas e não apresentava nenhuma feminilidade tanto em seu comportamento, quanto em sua aparência.
A rainha chamava a atenção de quem a conhecia, pois apresentava voz, aparência e trejeitos masculinos. Além disso, assumia aos sete ventos que sentia repulsa pela ideia de se casar, ter relações, pelas conversas femininas e pela possibilidade de ter filhos.
Entre os muitos casos que teve, o mais conhecido e, aparentemente, mais importante foi com uma bela cortesã chamada Ebba Sparre. De fato, ela não era o tipo de mulher que escondia dos outros aquilo que era.
A rainha Cristina faleceu com 42 anos, por complicações de uma pneumonia.
Luiz XIII da França
O rei Luiz 13 governou a França no século 17, durante 33 anos. Dizem que quando era criança já apresentava um comportamento afeminado e era frequentemente apontado por suas proezas sexuais.
Ele se casou com a princesa Ana da Áustria para fazer aliança entre os reinos, porém, sabe-se que só consumou o casamento após 4 anos.
O rei Luiz 13 teve duas mulheres que estavam sempre ao seu lado: Marie de Hauteford e Angelique Lafaiete. Porém, os registros demonstram ser uma relação platônica sem intimidades.
Luiz 13 teve diversos casos com outros homens durante sua vida. Mas, Charles d’Albert, 23 anos mais velho e o jovem Henri d’effiat foram sem dúvida os romances mais quentes do rei Luiz 13.
Luiz 13 morreu aos 41 anos de tuberculose.
Frederico II da Prússia
Frederico segundo governou o reino da Prússia no século 18, por 46 anos.
Sua sexualidade é motivo de discussão entre os historiadores. Não há um acordo se Frederico era bi ou homossexual. O fato é que na juventude, manteve um caso com Hans Herman que era do conhecimento de todos.
O romance criou tanto bochicho na corte que seu pai mandou executar seu amante e o fez se casar com a bela Isabel Cristina, com quem nunca teve filhos.
Assim que seu pai faleceu, 7 anos depois, Frederico rapidamente se separou da esposa.
O monarca gostava de escrever poemas picantes homoeróticos. Dizem que teve um romance com o filósofo Voltaire, mas essa informação não é corroborada por todos os historiadores.
Frederico segundo da Prússia morreu aos 74 anos.
Rei Jaime I da Inglaterra
Quando há fatos não há argumentos. Nenhum historiador discute a homossexualidade de Jaime I.
Na adolescência, aos 13 anos, teve um romance com seu tio, 24 anos mais velho. E, mesmo com a morte de seu amante, continuou preferindo a companhia de homens.
Por questões políticas e de alianças, foi casado com a princesa Ana da Dinamarca. Mas, seus romances com outros homens nunca foram novidades na corte.
Por várias vezes, foi visto em público aos beijos e abraços com outros homens e, em muitas situações, sobrepôs seus sentimentos aos interesses do reino.
Morreu aos 58 anos de derrame cerebral, porém, há rumores de que foi envenenado pelo seu próprio médico.
Rei Eduardo II da Inglaterra
Eduardo segundo reinou sobre a Inglaterra entre os séculos 13 e 14, durante 20 anos. Casou-se com Isabella da França, em um casamento arranjado. Mas sua preferência sexual nunca foi segredo para ninguém.
O rei Eduardo era apaixonado e mantinha um romance escancarado com o conde Pers Gavescon. Seu amante morreu, vítima de uma conspiração organizada por nobres que odiavam a influência do conde sobre o rei.
Após a morte do amante do rei, Isabella engravidou. Mas isso não o impediu de ter vários casos e engatar um apimentado romance com um nobre chamado Hugh. O caso com Hugh resultou na perda da coroa para sua esposa.
O rei Eduardo morreu aos 65 anos assassinado de forma brutal, possivelmente por pessoas intolerantes à sua preferência por homens.
Maria Antonieta da França
Maria Antonieta governou a França ao lado do marido, rei Luiz 16 no século 18 por 18 anos. Ela não foi uma rainha querida pelo seu povo. Era apontada como promíscua e fútil.
Antonieta ansiava por estar no meio de festas, bailes e mesas de jogos. Gastava rios de dinheiro com roupas, joias e artigos de decoração.
Todo mundo sabia que a rainha mantinha um quarto com muitos espelhos onde fazia encontros amorosos. Alguns historiadores garantem que a rainha era bissexual e teve vários casos com homens e mulheres fora do casamento.
Maria Antonieta morreu aos 38 anos. Foi decapitada em praça pública durante a Revolução francesa.
Rei Guilherme III da Inglaterra
O Rei guilherme governou a Inglaterra no século 17 e 18 durante 30 anos.
Ele tinha vários conhecidos homens com quem era muito próximo e visitavam os aposentos reais com frequência. Entre as visitas, inclui-se dois cortesãos holandeses que receberam títulos de conde ingleses.
Desde sua adolescência, mantinha uma relação bastante íntima com o holandês Hans Bentinck.
Porém, após 30 anos, Guilherme encantou-se pelo jovem Arnold van Keppel, e conta-se que a revolta de Bentinck foi tão grande que se tornou óbvio para a maioria que ambos tinham um relacionamento.
Mas, o monarca nunca assumiu suas preferências.