Na Grécia antiga esperava-se que as mulheres se casassem, tivessem filhos e cuidassem da casa.
As meninas gregas
Como em muitas outras culturas dominadas por homens, os bebês nascidos meninas corriam um risco muito maior de serem abandonadas do que os filhos do sexo masculino.
As meninas podiam ter educação com estudos voltados à poesia, dança e música. O objetivo era apenas prepará-la para seu papel na criação de uma família e não estimular diretamente o desenvolvimento intelectual.
Mulheres jovens
Esperava-se que as moças se casassem virgens, e o casamento geralmente era organizado pelo pai, que escolhia o marido e aceitava dele um dote. Se uma mulher não tinha pai, teria seus interesses cuidados por um tutor, que poderia ser um tio ou um irmão, por exemplo.
O casamento tradicional acontecia com a idade entre 13 e 15 anos, dependendo da chegada da primeira menstruação.
O amor ou interesse físico tinha pouca importância. Mass, é claro, que o amor poderia crescer entre o casal, contudo, o melhor que se podia esperar do casamento era amizade e parceria, que eles chamavam de FILIA.
O desejo carnal, chamado pelos gregos antigos de Eros, muitas vezes era procurado em outro lugar pelo marido. Em muitas famílias, a esposa teria a única função de procriar.
Mulheres casadas
Na casa de uma família, esperava-se que as mulheres criassem os filhos e administrassem as necessidades diárias da casa.
Se fosse de suas condições, o marido pegaria escravos para ajudar com a casa e criação dos filhos. O contato com homens que não pertenciam à família não era bem visto.
Por isso, as mulheres ocupavam muito seu tempo com atividades internas, dentro de casa como a tecelagem.
Mas elas poderiam sair, participar de cerimônias e festivais religiosos públicos. Os estudiosos da cultura grega antiga ainda não entraram em um consenso se as mulheres podiam assistir a apresentações de teatro ou não.
Muitos acreditam que os temas políticos e às vezes sensuais das peças de teatro não seriam adequado para elas.
Mas, é certo que as mulheres não podiam comparecer a assembleias públicas, votar ou ocupar cargos públicos. Assim como, o nome de uma mulher casada não poderia ser mencionado em público. Isso era proibido e desrespeitoso.
As mulheres casadas estavam, pelo menos aos olhos da lei, sob a autoridade total de seus maridos. Escritores como Aristóteles não tinham dúvidas de que as mulheres eram intelectualmente incapazes de tomar decisões importantes sozinhas.
O marido ou o pai decidiria tudo por elas. Mas, na prática, é claro, os casais poderiam muito bem compartilhar suas vidas de forma mais igualitária.
Adultério na Grécia antiga
Esperava-se que as mulheres fossem fiéis aos maridos, mas o contrário não acontecia, já que os maridos podiam contratar livremente os serviços de cortesãs, ou manter amantes morando dentro de suas casas.
Ao mesmo tempo, qualquer mulher que não preservasse a honra da família, estaria colocando a legitimidade masculina do marido em dúvida.
Um marido que descobrisse que sua esposa era adultera poderia matar o homem que tocou em sua mulher, sem medo de ser processado. Ele seria inclusive APOIADO pelos membros da assembleia.
Herança na Grécia antiga
(herança) Se o pai de uma mulher morresse, ela geralmente não herdava nada se tivesse irmãos homens.
Se ela fosse uma filha solteira, então o tutor ou o marido, quando casado, assumia o controle da herança.
Em alguns casos, quando uma mulher solteira herdava a propriedade de seu pai, ela era obrigada a se casar com seu parente homem mais próximo, para que ele cuidasse da herança como bem entendesse.
As mulheres gregas podiam herdar bens da morte de parentes do sexo masculino, desde que não houvesse nenhum parente homem vivo.
As mulheres podiam ter alguns bens pessoais como roupas, joias, objetos em ouro.
Tais pertences só poderiam pertence-las se fossem presentes dados por homens da família.
Mesmo se guardassem muitos desses presentes, a mulher grega não podia fazer testamento e, com a morte, todos os seus bens iriam para o marido, ou filhos homens.
Os casamentos na Grécia Antiga poderiam ser encerrados por três motivos:
A primeira e mais comum foi o repúdio do marido.
Isso quer dizer que se um homem não gostasse da mulher com quem se casou, poderia se separar e ele ainda poderia pedir a devolução do dote.
A segunda causa para o fim do casamento era se a esposa saísse de casa de casa tendo que arrumar um novo tutor para atuar como seu representante legal.
Isso era bem raro, já que a reputação da mulher na sociedade seria arruinada.
O terceiro motivo para o divórcio seria quando o pai da noiva pedisse a filha de volta, provavelmente para oferecê-la a outro homem com um dote mais atraente.
Essa última opção só era possível, no entanto, se a esposa não tivesse filhos com o primeiro marido.
Ficar viúva na Grécia antiga
Contudo, se uma mulher grega ficasse viúva, ela era obrigada a se casar com um parente próximo do para garantir que a propriedade permanecesse dentro da família.
Esse parente seria seu tutor e usaria a herança da mulher como achasse melhor.
Outras funções
As mulheres gregas, obviamente, podiam ter suas vidas em várias outras classes.
Elas poderiam ser escravas ou trabalhar em negócios da família como lojas de tecidos e padarias.
Contudo, os maiores registros de mulheres fora de um lar tradicional na Grécia Antiga, eram as mulheres de vida fácil.
As mulheres sacerdotisas
Algumas mulheres participavam de cultos e atuavam como sacerdotisas para certas divindades femininas.
As sacerdotisas, eram selecionadas por serem mulheres nunca antes violadas.
Todos os anos, em Atenas, quatro jovens eram selecionadas para servir como sacerdotisa de Atenas e tecer o manto sagrado que adornaria a estátua de culto da deusa.
Isso seria uma grande honra tanto para a jovem grega quanto para sua família.
Uma moça escolhida seria lembrada eternamente como especial na sociedade e os homens certamente disputariam seus dotes para as terem como suas esposas.