Esteatose hepática: causas e principais sintomas de gordura no fígado

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A esteatose hepática, também conhecida como gordura no fígado é uma condição mais comum do que você imagina.

Nosso fígado é de grande importância, é o segundo maior órgão de nosso corpo, sendo capaz de desempenhar mais de 500 funções em nosso organismo.

Essas funções são fundamentais para que tenhamos uma saúde equilibrada.

A gordura no fígado é uma doença que se manifesta muitas vezes de forma silenciosa, isso nos casos mais leves.

É capaz de trazer grandes riscos para nossa saúde, podendo ocorrer não só em adultos como também em crianças.

Os estudos indicam que pelo menos 30% da população entre adulto e crianças possuem a doença, sendo mais frequente em mulheres [1].

Contudo, a doença está inteiramente ligada ao estilo de vida.

O que é esteatose hepática?

A Esteatose hepática ocorre por acúmulo de gordura no fígado, ou seja, um excesso de gordura.

Por tempo prolongado, essa alteração faz com que o fígado deixe de executar suas funções de forma adequada, ocorrendo assim, o aumento de tamanho do órgão, além de um aspecto amarelado.

Em casos mais graves, a doença pode evoluir para um quadro de cirrose, podendo tornar-se um câncer, caso não receba o tratamento adequado.

É importante saber que, o fígado é o segundo maior órgão de nosso corpo, porém, muitas vezes deixamos de ter os cuidados essenciais por achar que sua capacidade de recuperação é suficiente para nossa proteção.

É aí que nos enganamos.

Assim como os rins, o fígado também trabalha como um filtro, processando os nutrientes ingeridos durante a alimentação, além de filtrar substâncias nocivas do sangue.

A gordura no fígado pode provocar sérios danos à saúde, já que muitas vezes surge de forma silenciosa, com sintomas que podemos considerar normal ou até mesmo confundi-los.

O excesso de gordura pode ainda ocasionar numa grave inflamação, criando feridas ou cicatrizes (fibrose hepática), capazes de modificar as funções do fígado, provocando uma insuficiência hepática.

Com as funções alteradas ele deixa de trabalhar adequadamente, de forma que, não irá mais transformar as substâncias químicas em nosso organismo.

Ou seja, os processos metabólicos celulares deixam de acontecer ou tornam-se ineficientes.

Aumentando assim, a quantidade de lipídeos em nossas células do fígado, chamadas de (hepatócitos).

Tipos de esteatose hepática

O tipo de doença que a pessoa irá desenvolver dependerá de seu estilo de vida.

Algumas complicações ocorrem, por exemplo, pelo consumo de álcool, neste caso, a pessoa com acúmulo de gordura no fígado, irá desenvolver o que se chama de doença hepática gordurosa alcoólica.

Em casos mais graves o paciente desenvolve cirrose, também conhecida como fibrose hepática, que são causadas por cicatrizes decorrentes da inflamação.

Variações da Esteatose hepática:

Esteatose hepática grau 1

(Esteatose hepática simples ou esteatose hepática acentuada):

Neste grau não há qualquer sintoma, trata-se da forma mais simples da doença, sendo considerada inofensiva, apresenta pequeno volume de gordura.

Pode ser descoberta por exames de sangue em avaliações de rotina. Para o controle da doença basta controlar a alimentação e praticar exercícios físicos.

Esteatose hepática grau 2

(Esteatose hepática não alcoólica ou esteatose hepática moderada )

Neste grau da doença, os sintomas podem ser aparentes, apresentando aumento no tamanho do fígado, além da gordura em maior quantidade, considerada como moderada.

O doente pode sentir dores abdominais do lado direito superior e inchaço na barriga.

Esteatose hepática grau 3

(Fibrose hepática ou esteatose hepática difusa)

Nessa fase o fígado ainda trabalha, porém, existe a inflamação de forma mais grave, com maior volume de gordura, que resulta em cicatrizes ou fibroses.

Causas da gordura do fígado

Segundo estudos, a doença está ligada ao estilo de vida de cada pessoa.

As condições que possibilitam o surgimento da doença, são:

  • Excesso de álcool
  • Hábitos alimentares ruins e não balanceados
  • Dietas de restrição extremas
  • Sedentarismo

Quando o fígado está doente, ele deixa de trabalhar adequadamente, de forma que, não irá mais transformar as substâncias químicas em nosso organismo.

Ou seja, os processos metabólicos celulares deixam de acontecer ou tornam-se ineficientes.

 Aumentando assim, a quantidade de lipídeos em nossas células do fígado, chamadas de (hepatócitos).

Entre as causas mais comuns da gordura no fígado, estão:

Sintomas de esteatose hepática

Os sintomas nem sempre são motivo de preocupação para quem está acometido pela doença, já que a gordura no fígado em sua forma moderada não causa sintomas aparentes.

Entre os sintomas comuns e que não são levados em consideração, está o cansaço, que geralmente pode ser confundido com uma fadiga comum, sedentarismo, entre outras coisas.

Além disso, dependendo do avanço da doença, a pessoa também pode apresentar os seguintes sintomas:

  • Fraquezas
  • Enjoos e vômitos
  • Perda do apetite
  • Mal-estar
  • Icterícia
  • Parte branca do olho amarelada
  • Dor e inchaço abdominal
  • Inchaço nas pernas
  • Confusão mental
  • Hemorragias

Qual exame detecta esteatose hepática?

O diagnóstico para esteatose hepática se dá a partir de avaliação do histórico do paciente, análise física.

Esse exame, consiste em apalpar a região do fígado, caso haja um aumento do tamanho do órgão o médico conseguirá detectar.

Além de serem necessários exames de imagem, exames laboratoriais como o hemograma, e uma análise das enzimas hepáticas.

A elastografia transitória também pode ser solicitada, trata-se de um exame fundamental, que irá medir a elasticidade do tecido e a quantidade de gordura presente nele, o exame não é invasivo e não trás dores durante o procedimento.

Durante a consulta, o médico poderá fazer perguntas como:

  • Como é seu estilo de vida.
  • Se você utiliza medicamentos de forma contínua
  • E se notou alguma mudança clínica brusca nos últimos tempos, como sintomas estranhos.

Lembre-se, nesta fase é importante informar ao seu médico, todo e qualquer sintoma que esteja sentindo, isso ajudará no diagnóstico.

Ao mesmo tempo, anotar os sintomas antes da consulta pode contribuir para um melhor resultado.

Qual é o melhor remédio caseiro para gordura no fígado?

Em grande maioria das vezes, nos casos mais leves da doença, não é necessário uso de medicamentos químicos.

Mas existem formas caseiras de melhorar o quadro de gordura no fígado, a partir de alimentos benéficos e algumas ervas que auxiliam na manutenção do organismo, proporcionando melhores resultados em suas funções.

Boldo

Entre as plantas mais utilizadas para fins terapêuticos e tratamentos de doenças no fígado, está o boldo.

Essa erva não só ajuda na melhora contra os enjoos, como também proporciona a limpeza do fígado e do sangue.

Já entre as plantas que auxiliam no tratamento contra gordura no fígado, são comumente a partir da infusão das folhas de:

  • Espinafre
  • Salsa
  • Alcachofra

Entre os alimentos mais saudáveis e que melhoram a qualidade do fígado estão:

  • Alimentos ricos em vitamina E
  • Escarola
  • Rabanete
  • Gengibre
  • Ômega 3 (Salmão e azeite)
  • Frutas vermelhas
  • Própolis

Além do boldo, estudos revelam que a aveia tem um poder redutor lipídico no fígado.
Acesse o texto ” Gordura no fígado: Veja como ficar curado ingerindo aveia diariamente” para mais informações.

Considerações finais sobre gordura no fígado

As doenças do fígado em sua maioria são reversíveis, quando possuem diagnóstico precoce e são tratadas.
Nesse caso é necessário um tratamento específico para cada grau da doença, em casos mais graves pode haver a necessidade de procedimentos cirúrgicos, até mesmo transplante.
Com isso, acompanhamento médico por um longo período, além de orientação para melhora do estilo de vida do paciente.
Os quadros de esteatose hepática tem se tornado cada dia, mais frequentes.
A reeducação alimentar da população e orientações para práticas de exercícios físicos regulares, além da diminuição do consumo de bebidas alcoólicas são fundamentais.
Essa prevenção é necessária não só para os que já estão acometidos pela doença, mas também para população que ainda não desenvolveu a doença hepática, afinal trata-se de uma doença que pode levar a morte em seu grau mais avançado.
Agora que você sabe como cuidar bem do seu fígado, não deixe de cuidar de sua saúde.
Fazer exames anualmente para prevenção permite um diagnóstico precoce de muitos tipos de doenças, além de um maior sucesso durante o tratamento.
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Autor do texto: Megui Marcela Rodrigues / Bióloga, Gestora ambiental