Sintomas de Alzheimer: o cérebro já começa a encolher 10 anos antes dos primeiros sinais

Sintomas de Alzheimer: tudo que pode acontecer em cada fase da doença

Os sintomas de Alzheimer nem sempre podem ser notados. O Alzheimer é causado como resultado de disfunções proteicas das placas senis e dos emaranhados neurofibrilares do cérebro. Quando isso acorre, há vários episódios de morte em massa de neurônios e, portanto, redução de seu tamanho.

A doença de Alzheimer é uma condição crônica em andamento. Os sintomas de Alzheimer surgem gradualmente, e os efeitos no cérebro são degenerativos (causam declínio lento). Infelizmente, não há cura para o Alzheimer. Mas o tratamento pode ajudar a retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida.

Sintomas de Alzheimer

Não há uma expectativa de vida para pessoas com Alzheimer. Algumas pessoas vivem muito tempo com danos cognitivos leves, enquanto outras, experimentam um início mais rápido dos sintomas e uma progressão mais rápida da doença.

Primeiros sintomas de Alzheimer

  • perda de objetos que usa no dia-a-dia (óculos, celular, por exemplo) e impossibilidade de refazer um caminho
  • perda de memória que afeta a vida cotidiana (incapaz de dirigir até um local, por exemplo)
  • dificuldade de planejamento ou resolução de problemas
  • demorar muito mais tempo para realizar tarefas diárias normais
  • perder a noção do tempo
  • ter dificuldade em determinar a distância e distinguir cores
  • dificuldade em completar uma conversa
  • julgamento pobre levando a decisões ruins
  • isolamento social
  • alterações de humor e personalidade
  • sintomas de ansiedade e depressão

Sintomas moderados de Alzheimer

Eventualmente, o mal de Alzheimer se espalha para mais regiões do cérebro. A família e os amigos podem reconhecer mudanças comportais antes do paciente. Afinal, isso é comum, muitas vezes, é difícil identificar problemas de memória em nós mesmos. Mas, à medida que a doença progride, a pessoa passa a reconhecer sintomas reveladores em si mesmo. À medida que mais células do seu cérebro morrem, o paciente passa para a fase moderada, e terá:

  • problemas em reconhecer amigos e familiares
  • dificuldade com a linguagem e problemas de leitura, escrita ou trabalho com números
  • dificuldade em organizar pensamentos lógicos
  • incapacidade de aprender novas tarefas ou de lidar com situações novas ou inesperadas
  • explosões de raiva sem razão
  • problemas motores, como por exemplo, levantar da cadeira ou arrumar a cama
  • repetição de frases ou de movimento
  • alucinações, delírios, desconfiança ou paranoia, e irritabilidade
  • perda de controle de impulso, como por exemplo, pode se despir em momentos ou lugares inapropriados ou usar linguagem vulgar
  • exacerbação de sintomas comportamentais, como inquietação, agitação, ansiedade e choro.

Assim, em resumo, no estágio inicial, aparecem pequenas dificuldades de raciocínio, desorientação espacial e problemas com a linguagem, esquecimento de palavras, por exemplo. Nos estágios leve e moderado, os lapsos de memória são mais comuns e o raciocínio é incompleto. É comum haver confusões sobre eventos do passado distante com o passado recente e dificuldade em lidar com dinheiro. E por fim, o estágio grave, quando há pouco a se fazer. Ocorre a esquece como falar, não reconhece pessoas próximas e perde a capacidade de atividades fisiológicas, como alimentação ou evacuação.

Regressão cerebral começa 10 anos antes

O citado acima, representa o que era conhecido até agora sobre a evolução da doença. No entanto, um estudo publicado na revista científica Neurology [1] descobriu quando os primeiros sintomas do Alzheimer começam a dar sinal, o cérebro do paciente já está comprometido com os efeitos da enfermidade há pelo menos uma década. Isso quer dizer, que muito antes dos sinais de “demência”, esquecimentos, confusões mentais, o cérebro já vem sendo encolhido.

Sintomas de Alzheimer

O estudo acompanhou 65 pessoas por 11 anos. Dessas, apenas 15 desenvolveram a doença e foi comprovado, que realmente existe uma relação entre a diminuição do volume da atividade cerebral e o surgimento do Alzheimer com até dez anos de antecedência. Bradford Dickerson, autor do estudo, foi descoberto também que  os pacientes que tinham o marcador do Alzheimer no cérebro, eram três vezes mais propensos a desenvolver demência nos 10 anos seguintes do que os outros.

artigo científico: Dickerson et al