O melhor anticoncepcional para mim, pode não ser o melhor para você. Isso porque, cada mulher tem uma característica fisiológica.
Por isso, não caia nessa que a melhor pílula para sua amiga, vai ser a melhor para você também.
Quando iniciamos nossa vida sexual a primeira coisa que pensamos é na melhor forma de evitar a gravidez indesejada. É claro que a forma mais fácil de fazer isso é com o uso da pílula anticoncepcional.
Relacionamos aqui, as principais diferenças entre os tipos de pílulas mais usadas no Brasil.
Antes de tudo, é bom frisar que a melhor forma de escolher seu anticoncepcional é com o seu ginecologista.
Ele já conhece seu histórico de saúde íntima e as condições do seu aparelho reprodutor.
Mas, muitas mulheres não buscam essa ajuda e este texto pode ajuda-las.
Pílula combinada e simples, qual a diferença?
A primeira coisa a se saber é que existem dois tipos de pílulas anticoncepcionais: A combinada e a simples.
A diferença é fácil.
A combinada é formada por duas substâncias hormonais distintas que geralmente reduzem o fluxo menstrual e as cólicas.
As pílulas simples, no entanto, são aquelas cuja fórmula contém apenas um hormônio, normalmente proveniente da progesterona, o que gera menos efeitos colaterais.
Vamos ver então as marcas de mais usadas no Brasil.
Assim, você mesmo, juntamente com seu médico poderão escolher o melhor anticoncepcional.
Qual é a melhor pílula anticoncepcional?
1. Allestra
O anticoncepcional Allestra [bula] é um dos mais usados pelas brasileiras.
Tanto a versão 20 ou 30 são pílulas combinadas.
O Allestra 20 ou o Allestra 30 indica a dosagem de hormônio que cada cartela possui.
Neste caso, é necessária uma ajuda o seu ginecologista para definir qual é a melhor escolha para você.
Ela combina etinilestradiol, um derivado sintético do estrogênio, e gestodeno, semelhante à progesterona.
O legal desse é que ele contém 21 comprimidos por cartela e pode ser usado com uma pausa de 7 dias ou tomado de forma contínua impedindo que a menstruação aconteça.
Com custo médio de R$ 20, está entre os populares mais queridos por um benefício simples: poucas mulheres engordam tomando este medicamento.
Além disso, cada caixinha vem com três cartelas, tornando o item mais barato ainda!
2. Cerazette
Por não ser um anticoncepcional combinado, é indicado para casos em que há risco de trombose, como histórico da doença na família e tabagismo.
Assim, o Cerazette [bula] pode ser o melhor anticoncepcional, se você tiver nesse grupo.
Ele tem na fórmula, a saber, apenas o desogestrel, um tipo de progesterona.
Sua cartela contém 28 comprimidos de uso contínuo, que impedem que a mulher menstrue.
Seu uso pode provocar acne, mas, ele diminui o risco de trombose.
Ao mesmo tempo, pode ser utilizado por mulheres que não toleram os estrogênios ou que estejam amamentando.
Agora, uma desvantagem é que pode ocorrer sangramento vaginal com intervalos irregulares durante o uso, assim como pode não ocorrer nenhum sangramento.
É. contudo, um pouco mais caro, sendo uma cartela, por mês, custa em torno de 40 reais.
3. Ciclo 21
É uma pílula combinada com 0,15 miligramas de levonorgestrel e 0,03 de etinilestradiol.
Além de prevenir gravidez, é recomendada para regular o ciclo menstrual.
O que mais atrai no Ciclo 21 [bula] é o preço que não passa de 5 reais por cartela.
Talvez por isso, seja um dos mais usados por jovens.
Como o próprio nome sugere, tem 21 comprimidos e requer sete dias de pausa entre cada cartela.
Este, segundo a bula é um dos melhores anticoncepcionais para acne.
Mas, atenção: de acordo com alguns estudos, o Ciclo 21 está na lista negra dos anticoncepcionais que aumentam o risco de trombose cerebral.
4. Selene e Diane 35
Colocamos estes dois juntos pelo fato de que são absolutamente a mesma fórmula, só que de laboratórios diferentes.
São pílulas combinadas com 0,035 miligramas de etinilestradiol, uma espécie de estrogênio, e ciproterona, semelhante à progesterona.
O Selene [bula] e o Diane 35 [bula] estão entre os preferidos das mulheres e talvez seja o melhor anticoncepcional para você.
Isso porque, ele tem ação contra hormônios androgênicos.
Isso quer dizer que trata problemas causados pelo excesso de hormônios masculinos, como o acne, pilosidade excessiva (hirsutismo), oleosidade da pele e cabelo, seborreia e queda de cabelo.
Além disso, são altamente recomendados para o tratamento de Síndrome dos Ovários Policísticos.
Com isso, se você trem esse problema, este pode ser o melhor anticoncepcional.
Apesar de seu poder contraceptivo, tanto o Selene como o Diane 35 são pílulas prescritas para pessoas que tem SOP ou problemas com hormônios masculinos.
Se você não tem tais problemas, não é recomendado seu uso apenas como contraceptivo, pois ambas têm maior risco de trombose.
5. Tâmisa 20 ou 30
É uma pílula combinada.
Além de 0,075 miligramas de gestodeno, o Tamisa 20 conta com 0,02 de etinilestradiol e o Tamisa [bula] 30 contém 0,03 do mesmo hormônio, sendo que a quantidade deve ser escolhida com orientação do seu médico.
O que acontece aqui, é que quando a dose hormonal é muito baixa, algumas mulheres apresentam sangramento, por isso precisam trocar o Tâmisa 20 pelo Tâmisa 30.
Os contraceptivos combinados reduzem a duração e a intensidade do sangramento menstrual, diminuindo o risco de anemia por deficiência de ferro.
Além disso, a cólica menstrual também pode se tornar menos intensa ou desaparecer completamente.
Para quem está querendo se livrar de acne, saiba que este é um dos mais recomendados por dermatologistas para esse tratamento, pois ele tem alto poder de reduzir a oleosidade da pele.
6. Siblima
O Siblima [bula] tem exatamente a mesma fórmula do Tâmisa.
No entanto, a sua dosagem hormonal é baixíssima.
Contém 0,060 miligramas de gestodeno e 0,015 de etinilestradiol e é composta por 24 comprimidos com a pausa entre cada cartela é de 4 dias.
Por causa da sua baixa dosagem hormonal.
Assim, este não é o melhor anticoncepcional para mulheres “esquecidas”.
Contudo, a recomendação do fabricante é que nos esquecimentos maiores de 12 horas, a proteção é reduzida.
Então, é preciso ingerir o comprimido esquecido e manter os outros no horário habitual, porém é essencial aliar um método de barreira para evitar a gravidez pelos próximos 7 dias.
7. Yasmin
É um dos anticoncepcionais mais indicados pelos ginecologistas, traz inúmeros benefícios as suas consumidoras e possui poucos efeitos colaterais.
É uma pílula combinada com levonorgestrel e etinilestradiol.
Também é um dos mais recomendados para mulheres jovens.
Acredita-se que em mulheres com menos de 30 anos, ele possui menos chances de apresentar efeitos colaterais. Por isso, se você tem menos que 30 anos, este pode ser o melhor anticoncepcional para você.
Mas, atenção: de acordo com alguns estudos, o Yasmin [bula] está na lista negra dos anticoncepcionais que aumentam o risco de trombose venosa cerebral.
Um artigo publicado na revista Clinical Hemorheology and Microcirculation [1] estudou somente o Yasmim e os resultados indicam que esta pílula pode não ser tão segura como se pensava.
Converse com seu médico!
8. Yaz
Junto com o Yasmin, é um também um dos anticoncepcionais mais indicados pelos ginecologistas, sobretudo para mulheres jovens.
Embora o Yaz tenha seus preços considerados elevados (30 reais), os benefícios que ele carrega acabam valendo a pena, sendo consumido as vezes apenas para melhoras na pele.
Altamente recomendado para mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos, ele também promete diminuir o inchaço, um efeito colateral de alguns anticoncepcionais do mercado.
Conta com 24 comprimidos que precedem uma pausa de 4 dias.
Mas, atenção: Assim como o Yasmin, Yaz está na lista negra dos anticoncepcionais que aumentam o risco de trombose venosa cerebral.
Outro artigo, Canadian Medical Association [2], concluiu que o uso de contraceptivos orais contendo drospirenona está realmente associado a um aumento do risco de trombose venosa profunda e embolia pulmonar.
Converse com seu médico!
9. Microvlar
Por causa do seu baixo valor, este é o anticoncepcional mais vendido no Brasil (6-7 reais).
Possui 0,15 miligramas de levonorgestrel e 0,03 de etinilestradiol.
Seus 21 comprimidos ajudam a evitar a gravidez, mas ele controla com eficácia o fluxo menstrual abundante.
Dessa forma, o seu ponto negativo é que pode provocar a retenção de líquidos, resultando em aumento de peso.
Assim, mulher que tem essa tendência a reter líquidos , o Microvlar [bula] não é o melhor anticoncepcional.
Qual melhor anticoncepcional injetável?
1. Depo Provera
O Depo Provera [bula] é um dos anticoncepcionais injetáveis mais receitado pelos ginecologistas.
Sua fórmula contém 150 mg de acetato de medroxiprogesterona.
Trata-se de um anticoncepcional injetável de ação prolongada, que deve ser administrado em intervalos de 12 a 13 semanas, sendo no máximo a cada 13 semanas (91 dias).
Sua eficácia contraceptiva (o,3%) é comparada com a mesma dos implantes subdérmicos ou da laqueadura tubárea.
Afinal, sua ação evita a maturação do folículo e a ovulação e, causa espessamento do muco cervical que inibe a entrada de esperma no útero.
Ao mesmo tempo, diz-se diminuir os sintomas da TPM, cistos no ovário, cólicas e gravidez ectópica.
O preço varia entre R$ 28,62 a R$ 46,35 por injeção que dura 13 semanas (3 meses).
2. Noregyna
O Noregyna [bula] é um dos mais populares quando se diz respeito aos anticoncepcionais injetáveis.
Além de evitar a gravidez, muitos ginecologistas prescrevem esse injetável para controle de cefaleia menstrual, bem como, para amenização das cólicas.
O efeito produzido no endométrio é similar ao observado com o uso de contraceptivos orais combinados, acima citados.
A sua aplicação é feita mensalmente e a mulher fica sem menstruar. É possível ocorrer escapes, contudo, não é preciso se preocupar.
A primeira injeção deve ser administrada no primeiro dia do ciclo menstrual (primeiro dia de sangramento).
A segunda injeção, assim como as injeções posteriores devem ser administradas, independentemente do padrão do ciclo, em intervalos de 30 ± 3 dias, isto é, no mínimo 27 e no máximo 33 dias.
O preço varia entre R$ 22,00 a R$ 29,08 por injeção .
Conclusão
Em suma, a escolha do melhor anticoncepcional para você, não necessariamente é o mesmo para outra pessoa.
É preciso levar em conta o histórico da mulher, suas tendências a retenção de líquido, bem como a idade.
Cada organismo reage de um jeito com os diferentes tipos de anticoncepcionais.
Por isso, o indicado é consultar um especialista antes de fazer a sua escolha.