Você já conhecia a erva de São João?! Conhecida pela maioria das pessoas como uma erva daninha, ou seja, que não serve para nada e ainda causa prejuízos à vegetação nativa. Pois bem, a erva de São João ou Hipérico (Hypericum perforatum) tem sido utilizada há milênios. As pessoas, a utilizam sem nenhuma orientação para o tratamento de várias doenças ou enfermidades. Dizem que possui propriedades laxante, antitérmico, cicatrizante e contra insônia. Ao mesmo tempo, atuaria contra os sintomas da gastrite, tétano, doenças mentais e até alguns tipos de câncer. Mas será que essa planta realmente tem esse poder?!
A erva de São João apresenta muitas substâncias complexas que podem ser extraídas. Taninos, pectina, flavonoides, fitosteróis, vitamina C, aminoácidos, entre outras estão presentes em sua composição. O que a tornou mundialmente famosa foram os benefícios da hipericina, substância produzida pela planta e que tem uma ação calmante que os cientistas acreditam combater a depressão.
Atualmente, os pesquisadores descobriram que a planta apresenta a hiperforina. Essa substância é capaz de trazer efeitos colaterais adversos aos pacientes, como distúrbios mentais, porém isso dependerá da dose e tipo de extrato administrado.
A parte principal da planta utilizada são suas flores e partes aéreas para a retirada do extrato em formato de óleo. Desde a Grécia antiga que pensadores e cientistas como Hipócrates já utilizavam para “limpar” o corpo de maus espíritos. Atualmente a erva de São João é utilizada como remédio para depressão e já traz grandes benefícios neste tratamento. Na Austrália, a planta é vendida nas farmácias e lojas de alimentos saudáveis com ou sem orientação médica. A hipericina e flavonoides que podem ser encontradas em algumas frutas e legumes. Tais substâncias podem exercer um papel importante no combate dos sinais de depressão, alterando os mensageiros químicos no cérebro, os neurotransmissores.
Estudos sobre a Erva de São João
Os estudos apresentam que a planta pode ajudar a manter os níveis dos principais neurotransmissores circulantes no corpo humano. Podemos citar, por exemplo, serotonina, noradrenalina, dopamina e o ácido gama-aminobutírico que melhoram os sintomas depressivos. Portanto, a erva de São João tem sido utilizada largamente com orientação médica como auxiliar e melhoria dos sintomas da depressão. Porém, os efeitos colaterais adversos devem ser verificados com atenção. Dentre eles citamos, por exemplo, sensibilidade a luz solar, psicose, alucinações, hipertensão, problemas intestinais, entre outros. O mais importante é sempre consultar um profissional médico que oriente bem para certificar se o paciente poderá utilizar ou não esse fármaco. Por isso nunca tome nenhuma medicação sem uma orientação médica, a automedicação pode ser fatal!
Pesquisas realizadas pela Organização dos Estados Unidos, Food and Drug Administration, que controla, analisa e verifica os alimentos e remédios, já se pronunciou sobre a erva de São João. Ao mesmo tempo, verificou suas interações com outros medicamentos, como anti-retrovirais, com pacientes com o HIV. Ao que parece, a erva pode diminuir a ação destes medicamentos. O resultado seria riscos de rejeição com pacientes transplantados, pois afetaria os imunossupressores. Também, as mulheres que utilizam anticoncepcionais, precisariam se cuidar, pois diminuiria a eficácia. Portanto, antes de realizar qualquer utilização de medicamento ou ervas entre em contato com o seu médico. É indispensável seguir suas orientações criteriosamente!
iflscience