Você está viciado em descongestionantes nasais? Veja 5 coisas que você precisa saber sobre esse alívio perigoso

Para muitas pessoas, toda vez que o tempo muda, é quase instintivo recorrer aos descongestionantes nasais. Somado ao frio, há a seca, que vem acompanhada de poeira, bactérias, ácaros e outros visitantes indesejados que pioram consideravelmente a vida dos alérgicos. O medicamento, embora traga alívio imediato ao nariz entupido, não é tão benéfico quanto parece.

Aparentemente inofensivos e milagrosos, os descongestionantes nasais atuam nos vasos sanguíneos da mucosa nasal. O uso desse medicamento aumenta o espaço de fluxo de ar no nariz e são indicados em casos agudos de gripes, resfriados e sinusopatias em um curto período de três a cinco dias. Vendido sem receita médica, o descongestionante nasal torna-se item indispensável para muitas pessoas porque contém substâncias, como nafazolina, fenoxazolina e oximetazolina, que causam dependência.

Veja a seguir 6 perigos do uso excessivo dos descongestionantes nasais:

1- Problemas cardíacos

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Os componentes dos descongestionantes nasais causam vasoconstrição, ou seja, fecham os vasos do nariz. O problema é que isso não ocorre só no nariz. Como eles contraem os vasos sanguíneos, têm um efeito sistêmico no corpo e contraem outros vasos também. Isso pode causar arritmia, taquicardia, aumento da pressão arterial e outros problemas.

2- Rinite medicamentosa

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Além de todos os efeitos danosos, abusar das gotinhas diariamente pode causar ainda uma condição chamada rinite medicamentosa, uma inflamação da mucosa de revestimento do nariz. Este medicamento gera um efeito descongestionante potente e rápido que melhora o nariz tampado em alguns minutos, por agir reduzindo o tamanho dos cornetos nasais. Quando o paciente utiliza o vasoconstritor tópico nasal de forma inadequada (por mais de 10 dias) pode evoluir com dependência do mesmo. O uso inadequado gera um efeito que é denominado “efeito rebote”; ou seja: inicialmente melhora o nariz tampado, mas depois o corneto aumenta rapidamente de tamanho, obrigando o paciente a usar novamente a medicação, perpetuando o ciclo. Anosmia (perda de olfato)

3- Vício

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Na mucosa nasal, o uso abusivo provoca uma reação inflamatória, fazendo com que seja preciso quantidades cada vez maiores do remédio para se obter bem-estar. O alívio da congestão nasal é imediato por causa de substâncias como nafazolina,fenoxazolina e oximetazolina que descongestionam, mas causam dependência. Por isso, a pessoa acha que está fazendo um grande negócio. Mas é só um paliativo. O medicamento realmente vicia. Se usado por períodos maiores, ele causa a inflamação da mucosa nasal, o que obstrui mais o nariz. Esse efeito rebote faz com que a pessoa aumente o uso do medicamento, o que gera um ciclo vicioso.

4- Cirurgia

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O desenvolvimento da rinite medicamentosa pode acabar na sala de cirurgia. A cirurgia na rinite medicamentosa está indicada nos pacientes que não melhoram com tratamento clínico (remédios) e que mantêm queixa importante de nariz tampado. Trata-se da cirurgia para redução dos cornetos nasais, também chamada de turbinectomia ou turbinoplastia.

 

5- O que fazer então?

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Segundo especialistas, o correto é buscar ajuda para descobrir e tratar a causa do entupimento das narinas, que pode ser sinusite, desvio de septo ou pólipo nasal, entre outras. Lavar as narinas com soro fisiológico ou solução de água com sal e bicarbonato é uma boa alternativa para aliviar a congestão sem remédios. Para quem já se viciou nos descongestionantes, o tratamento é feito com medicamentos orais e injetáveis que visam à recuperação da mucosa do nariz.

Fonte:  lersaude/minhavida/clinicafrancinipadua/bolsademulhe      Imagens: folhadoes/tribuna/deenty/gazetaonline/bolsademulhe