Qual a relação entre neurônios, depressão e ansiedade? Cientistas observam pela primeira vez o “nascimento” de uma célula nervosa.

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Frio, calor, dor… Essas são algumas palavras usadas para denominar sensações que são externas ao nosso corpo. Como as sentimos? Através do nosso Sistema Nervoso (Central e Periférico), capaz de captar informações do ambiente que nos rodeia e enviar mensagens ao nosso cérebro. Uma das principais células nervosas envolvidas nesse fantástico processo são os neurônios, que se tratam de células especializadas que processam informações e estímulos do nosso corpo. Sendo assim, os neurônios são também responsáveis por processar memórias, e mantê-las relacionadas e separadas umas das outras.

Sabemos que o ser humano possui milhares de neurônios, e até então não era possível vê-los, e nem saber como eram gerados no cérebro… Pois é, não era! Em um experimento realizado pelo Centro Médico da Universidade de Columbia, de Nova York, foi observado pela primeira vez o “nascimento” de neurônios. O experimento consistiu em implantar um pequenino aparelho, um tipo de microscópio em miniatura, que permitia visualizar os neurônios. Utilizando ratos de laboratório, que eram expostos a odores enquanto recebiam choque elétrico, foi possível obter êxito. Tratou-se, então, de um experimento comportamental, em que o rato, toda vez que era exposto ao odor, associava-o ao perigo (o choque), criando assim uma memória. Assim, observou-se a criação de um novo neurônio nos ratos, associado ao risco de choque, ao sentir um determinado odor.

Após essa observação inicial, a pesquisa tem como foco aprofundar-se sobre os efeitos da produção de novos neurônios em pessoas com problemas de ansiedade (para saber mais, clique aqui) e depressão (saiba mais sobre, clicando aqui e aqui). Estudos recentes demonstram que tais distúrbios do cérebro prejudicam, e muito, a capacidade de memória e de raciocínio de indivíduos que os possuem, prejudicando assim suas atividades cotidianas. Outras pesquisas apontam, inclusive, que as áreas cerebrais utilizadas por pessoas ansiosas costumam ser muito maiores do que as utilizadas por pessoas ditas normais, que ativam áreas mais focadas do cérebro.

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Portanto, não são apenas lesões graves no sistema nervoso que podem causar danos sérios a memória. Alterações mentais podem causar igualmente graves problemas as pessoas. Por isso, cuidar da mente com medidas como meditação, prática de exercícios físicos, hábitos de vida saudáveis e, em casos necessários, tratamentos medicinais, é muito importante. Em tempos em que se exige cada vez mais do cérebro, devido as intensas rotinas de trabalho e estudos, além da enorme quantidade de informações que somos bombardeados todos os dias, é preciso cuidar da saúde mental e procurar uma alternativa para os estresses da vida.

Fontes: infoescolarevistagalileu/ todabiologiacidadederibeiraopretog1 
 Imagens: Reprodução/exameescolapsicologia/