A meditação tem como um dos seus objetivos principais o relaxamento, trazer tranquilidade, paciência e acima de tudo fazer você esquecer-se de tudo a sua volta e manter a concentração voltada para si mesmo, na busca da paz interior e nos benefícios que esse relaxamento pode fornecer ao longo dos dias. O ato de meditar tem trazido muitos adeptos ao longo dos anos, pois muitas pessoas têm buscado essa paz e tranquilidade que ela pode oferecer e não é à toa que vários benefícios foram relatados pelos praticantes da meditação sobre os ganhos na saúde e na vida após sua prática diária!
Foi nesse contexto que cientistas da Universidade de Carnegie Mellon, Pittsburgh, nos Estados Unidos, resolveram estudar a relação existente entre corpo e mente no olhar da meditação e tentar explicar como ela pode ajudar nos processos inflamatórios. Com a pesquisa foi possível verificar que os adultos que praticavam a meditação tiveram as atividades cerebrais alteradas, além disso, a partir de exames de sangue verificou-se a redução dos níveis de Interleucina 6 que é um tipo de proteína produzida principalmente por leucócitos (nossas células de defesa) sendo sua principal função ativar ou suprimir o sistema imune, no caso da Interleucina 6 ela atua como uma citocina pró-inflamatória e uma miocina anti-inflamatória, ou seja, a redução dessa proteína indica que houve melhoria nos possíveis processos inflamatórios no paciente, principalmente as doenças associadas como o câncer e doenças auto-imunes.
O estudo buscou 35 adultos desempregados com alto nível de estresse que foram enviados para retiros de meditação (diferentes) durante três dias consecutivos. Um desses locais levava o paciente a buscar a paz interior e ajudava com a meditação a relaxar, em outros os pacientes foram levados apenas a descansar. Os que realizaram a meditação tiveram suas atividades cerebrais com maior conectividade funcional, melhorando suas atividades e sua atenção, além de trabalhos em conjunto. Além disso, o fato mais importante foi relacionado as amostras de sangue que nos pacientes que foram meditar (após 4 meses) puderam verificar que as Interleucinas 6 estavam baixas em comparação aos que foram apenas descansar.
Apesar da amostra do estudo ter sido pequena, foi publicado na Biological Psychiatry, jornal especializado em estudos de psiquiatria biológica. Contudo, o estudo mostra evidências de que a meditação pode trazer algum benefício verdadeiro ao corpo e a nossa saúde, tendo em vista os pequenos resultados obtidos na pesquisa sobre a redução de processos inflamatórios. Claro que novas pesquisas e estudos continuarão procurando melhores evidências e principalmente verificando com grupos maiores para tentar confirmar de fato os benefícios anti-inflamatórios da meditação, enquanto isso que tal relaxar e praticar um pouco?! Com certeza ajudará no relaxamento e tranquilidade!
Fontes: sciencealert/ jornalciencia/ templozulai/ elsevier imagens: Reprodução/horoscopovirtual/mandaladossabores