O beijo na boca é um hábito praticado há milênios. Há inclusive, várias doenças que podem ser transmitidas pelo beijo. A mononucleose, por exemplo, conhecida como a doença do beijo é transmitida pelo contato com o vírus Epstein-Barr. O vírus, a saber, é transmitido pela saliva e troca de secreções, principalmente através do beijo. Este contato salivar resulta não somente em uma infecção crônica, mas também no surgimento de tumores. Ao mesmo tempo, diversos especialistas alertam que até cárie pode ser transmita pelo beijo na boca. Uma vez que, a cárie é uma doença infectocontagiosa causada por bactérias, e a mais comum entre elas, é a Streptococcus mutans.
Mas, segundo o estomatologista Silvio Boraks ao contrário do que muita gente acredita, beijar não somente transmite doenças como herpes ou sapinho, por exemplo. “O herpes é transmitido por um vírus que, em geral, se adquire ainda nos primeiros anos de vida. Cerca de 85% a 90% da população mundial o possui de forma latente. E o sapinho é um fungo natural do ser humano, presente na flora bucal de todos. Ambos só eclodem quando há uma baixa na imunidade, e não pelo contato físico”, afirma. O médico acha, inclusive, que o beijo na boca pode proteger de doenças. Isso porque, adquire-se muitos anticorpos através do beijo na boca.
Mas, e no caso das aftas? Beijar na boca de alguém com afta é perigoso? Aftas são pequenas úlceras esbranquiçadas cercadas por uma área avermelhada, que surgem em qualquer ponto da mucosa bucal. São lesões limpas, sem a presença de pus e outros sinais de infecção. Elas, podem aparecer isoladas ou agrupadas, formando uma enorme ferida. Apesar de serem benignas, são bastante dolorosas e muitas vezes atrapalham nossas atividades diárias. Como curar aftas não é fácil, o melhor é prevenir.
Então, beijo na boca transmite afta?
As aftas não são tão contagiosas como alguns podem pensar. Apesar de serem confundidas com o herpes, que é transmitido por um vírus, essas lesões são bem diferentes e características. Ainda não se sabe exatamente o que provoca o aparecimento das aftas. Porém, alguns fatores, isolados ou em conjunto, podem ser determinantes, sejam eles imunológicos, traumáticos, nutricionais ou ainda genéticos.
Contudo, devemos sim nos preocupar com a transmissão de verdadeiras doenças pela troca de saliva com outra pessoa. Afinal, 250 vírus e bactérias diferentes podem ser repassados através do beijo na boca. Como já dito, é de conhecimento geral que a mononucleose é difundida assim. Mas também meningites, hepatite B, sífilis, gripe suína, gripes, resfriados, cárie, gengivite, gonorreia, hanseníase e até a tuberculose.
Como não é possível para a maioria da população se abster para se proteger destes contágios, recomenda-se evitar ao máximo beijar na boca de muitas pessoas em pouco tempo. Para pessoas que apresentam já alguma ferida ou ulceração na cavidade oral essas recomendações são indispensáveis, visto que essas lesões sensibilizam a mucosa e facilitam a entrada de microrganismos patógenos no nosso organismo.