Aprender outro idioma faz o cérebro “crescer”!

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O cérebro é um órgão fascinante. Entre as diversas funções pelas quais é responsável para o bom funcionamento do corpo, esse que é o nosso verdadeiro maestro da orquestra biológica que somos, guarda mais uma característica surpreendente: sua alta capacidade de reestruturação.  É através dessa qualidade que o ser humano consegue aumentar o tamanho de determinadas áreas cerebrais através do estudo contínuo  e estímulos neurais na apreensão de uma nova habilidade. A seguir, descubra como é possível tornar o seu cérebro mais eficiente e maio, estudando um outro idioma. Confira!

Há alguns anos foi provado pela Universidade de Lund na Suécia, que aprender um novo idioma não só aumenta as chances de crescimento profissional em um mundo cada vez mais globalizado e competitivo, como também aumenta a massa cinzenta dos alunos mais dedicados, modificando a própria formação do cérebro. Logo, PROFESSORES DE FRÂNCES e de muitas outras línguas ao redor do mundo tem uma excelente motivo para comemorar.

A pesquisa foi realizada com 14 alunos da Academia de Intérpretes das Forças Armadas da Suécia, os quais mantiveram uma  rotina de estudos de mais de 8 horas por dia para aprender russo, árabe egípcio e/ou dari – línguas extremamente difíceis.  Após 13 meses percebeu-se que a área do hipocampo, região central do cérebro, responsável, pela memória e sentimentos, entre outras funções, apresentou um visível crescimento ao fim do período de análise. Com isso, provou-se o que já se supunha: O nosso cérebro está longe de ter alcançado o limite de todo o seu potencial. Ao contrário, quanto mais o estimulamos, garantimos que possa obter resultados inimagináveis e, por vezes, surpreendentes, como neste caso. Contudo, o oposto também pode ocorrer. O estresse e a falta de estímulos de determinadas áreas cerebrais podem acarretar uma diminuição e até mesmo o atrofiamento de certas regiões cerebrais, as quais, quando não estimuladas, podem ser o agente causador de doenças mais graves como o Mal de Alzheimer.

Diante desse cenário tão promissor, mas ao mesmo tempo preocupante, vale a regra básica de que a prevenção é o melhor remédio. A pratica de exercícios físicos frequentes, aliada a uma boa dieta alimentar, não só ajuda a manter a saúde de todo o corpo, como também aumenta o nível de serotonina no cérebro, melhorando o humor e diminuindo o estresse diário. Dessa forma fica fácil se sair bem em uma maratona de vocábulos como a da pesquisa, aprender um novo idioma e ganhar mais espaço no hipocampo para guardar as novas informações.

Autoria do texto: Iana Fomina
Photo credit: Thinkstock