Inacreditável: Professores no Uzbequistão recebem pintinhos como pagamento do salário

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Se você é daqueles que sai xingando mentalmente o vendedor que te dá o troco em balinhas ou chicletes, imagine se após um final de mês difícil você recebesse “apenas” O SALÁRIO INTEIRO em… pintinhos, por exemplo.

Na pequena cidade de Nukus, no Uzbequistão, os professores não precisaram imaginar. Se você já estava achando absurda aquela história dos pintinhos que foram usados como convitinhos vivos de festa aqui mesmo no Brasil (se você não leu, leia aqui), por lá os animais foram utilizados como nada menos que dinheiro. E de acordo com um professor, que em entrevista a uma rádio local classificou a situação como “vergonhosa”, não é a primeira vez que acontece algo assim na região. “No ano passado, eles nos pagaram com cenouras, batatas e abóboras.”

Como se não bastasse o caráter nitidamente especista da iniciativa, onde animais são usados como meras coisas, fica ainda o insulto aos profissionais da educação no local, que ficou ainda mais consolidado no valor monetário que foi atribuído a cada pintinho recebido.  As autoridades locais consideraram no pagamento cada pintinho como valendo aproximadamente R$8,80. Acontece que nos mercados da região os cidadãos conseguem encontrar galinhas custando menos da metade desse valor. Por aí você já consegue imaginar os problemas que os professores enfrentarão quando fizerem a troca dos animais por dinheiro de fato. Na verdade, eles não somente levaram pintinhos ao invés de dinheiro, como receberam menos do que o salário propriamente dito.

Situações como essa, infelizmente, têm sido rotineiras no Uzbequistão. O país vem atravessando uma séria recessão financeira, o que acaba refletindo no atraso de pagamento de salários e pensões.  Na capital Tashkent mesmo, funcionários públicos relatam não receber salário há vários meses porque os bancos simplesmente não tem dinheiro em caixa. Já as escolas em Nukus… bom, essas parecem que estão levando a expressão “dinheiro vivo”  um pouco a sério demais.

Fontes: bbc Imagens: Reprodução/aeiouultimosegundo/