De acordo com o Ministério da Saúde, HIV é a sigla utilizada para denominar o vírus da imunodeficiência humana, causador da AIDS, que age no sistema imune de seus portadores, alterando o DNA de suas células (linfócitos) e multiplicando-se ao fazer inúmeras cópias de si mesmo, de forma a disseminar a infecção no organismo do indivíduo.
O HIV é uma importante questão nas discussões sobre saúde pública, e desde os anos 80 é uma das doenças que mais preocupam, visto que já foram identificados mais de 757 mil casos no Brasil, sendo, em média, diagnosticados cerca de 39 novos mil casos por ano.
A situação entre jovens se torna ainda mais alarmante: a média de novos casos entre jovens passou de 9,6 a cada 100 mil habitantes para 12,7.
Estima-se ainda que 20% das pessoas que vivem com HIV e AIDS no Brasil ainda não foram diagnosticadas (o que representa cerca de 150 mil pessoas).
Com os dados alarmantes, medidas de prevenção têm sido promovidas pelos órgãos públicos. Você já deve ter visto propagandas na TV, ou em outros meios de comunicação/informação, dizendo a importância de se fazer o teste de HIV e se proteger nas relações sexuais.
Sabemos que o principal meio de contágio pelo vírus advém das relações sexuais, e por isso o uso de preservativo é essencial em toda e qualquer relação sexual. No entanto, sabemos também que muitas vezes isso não acontece.
Por isso, para que o indivíduo contaminado possa aumentar a expectativa e a qualidade de vida, assegurando ainda a não contaminação de seus parceiros sexuais, o teste de HIV em unidades de saúde pública é gratuito, rápido e de fácil acesso.
Além dos testes rápidos, recentemente algumas medidas de profilaxia pré e pós-exposição estão em pauta no combate ao HIV (saiba mais, clique aqui).
No entanto, as novidades não param por aí. Recentemente a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou uma resolução que autoriza a venda de testes de HIV nas farmácias. Isso mesmo!
Agora ficará ainda mais fácil realizar o teste, que pode detectar o vírus por fluídos da gengiva ou mucosa da bochecha, ou com uma gota de sangue da ponta do dedo, em até 30 minutos. Mas não pense que esses testes serão a salvação.
Há preocupações eminentes no uso deste teste, pois podem haver resultados falso-positivos ou falso-negativos que podem implicar em danos ao paciente e aos seus parceiros sexuais.
Por exemplo, pode ser que ao fazer o teste o resultado dê negativo, porém mesmo assim o paciente pode estar infectado, já que o vírus possui uma janela imunológica, que impede a sua detecção durante os primeiros 30 dias após o contágio.
Isso significa que esse teste falso-negativo poderia levar algumas pessoas a transar sem camisinha irresponsavelmente, o que preocupa, porque mesmo que o vírus não se manifeste, uma pessoa infectada pode transmiti-lo.
Já um falso-positivo (alguém não contaminado cujo o exame acusa a infecção por HIV) poderia causar graves transtornos psicológicos a pessoa.
Por isso, é essencial que, ao realizar esse exame, seja procurada a orientação médica para confirmação do resultado e para o acompanhamento necessário.
Mas lembre-se: usar camisinha ainda é a melhor maneira de se garantir!