Biologia criminal: De acordo com experimento, é possível determinar biologicamente se uma criança será um criminoso quando adulto

A atitude de um criminoso é responsabilidade social? Um criança criada em uma família estruturada que se torna delinquente teria alguma disposição genética? Alguns pesquisadores defendem a teoria de que a biologia criminal é uma tendência capaz de desvendar a lei codificada no DNA do agressor. No entanto, dizer que alguém “nasce ruim” é um exagero e, obviamente, antiético. Mas, de acordo com diversos estudos, os cientistas têm sugerido que algumas pessoas possuem uma inclinação genética para se tornarem delinquentes.

No final dos anos 1960, a Organização Mundial de Saúde iniciou um projeto para acompanhar de perto cerca de 1.800 crianças em Maurícia, uma ilha no Oceano Índico. Os pesquisadores passaram a utilizar esses dados para prever, de alguma forma, se uma criança cresceria e se tornaria um criminoso.

A pesquisa mostrou que as crianças estudadas que apresentavam batimentos cardíacos mais lentos e que não apresentavam respostas de pele (como arrepios) quando eram incomodados com sons altos ou questões desafiadoras, tendiam a ter antecedentes criminais na adolescência ou na fase adulta. Jovens de quinze anos com esse padrão tendem a se tornarem criminosos com idade em torno de 30 anos. As crianças de três anos que apresentaram o padrão eram, geralmente, mais agressivas do que outras crianças quando atingiam a idade de oito anos.  Os gêmeos univitelinos (idênticos) mostraram traços mais semelhantes do que os não idênticos. Isto sugere que a genética desempenhou um papel mais forte do que fatores ambientais, pois cada par de gêmeos foi criado e educado na mesma casa.

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De acordo com a teoria, os criminosos são insensíveis ao medo. Um barulho alto aumenta a frequência cardíaca e coloca o corpo de uma pessoa normal em estado de alerta, logo a pele já reage com arrepios. Mas as crianças com tendências criminosas são se tornavam alarmados com as tentativas, além disso, não reagiam à punição quando eles se comportavam mal. Da mesma forma, pessoas assim não reagem ao estresse em outras pessoas, veem pessoas sofrendo, clamando por piedade, mas não se sentem tocados. A teoria é que o padrão se constrói à medida que essas crianças envelhecem, resultando em comportamento criminal. No entanto, os pesquisadores alertam que o ambiente é um fator significativo para uma criança se tornar um criminoso.

Outra pesquisa realizada pelo neurologista Adrian Raine, da Universidade de Southern California, em Los Angeles, analisou imagens computadorizadas de cérebros de sociopatas e sugeriu que eles apresentam algumas alterações no córtex frontal, a parte do cérebro que fica logo abaixo da testa e que é considerada responsável por nossa capacidade de sentir emoções. Resta saber se essa alteração é genética ou fruto de algum distúrbio psicológico adquirido.

Fonte: listverse/super  Imagens: Reprodução/paraibaja/brdomedo