Vamos com calma: nem todo mundo pode fazer jejum intermitente

jejum intermitente perigoso
Depois que o médico Yoshinori Ohsumi, ganhou o Nobel de medicina de 2017, comprovando os benefícios do jejum intermitente, a visão das pessoas mudou.

Por muito tempo a recomendação foi comer de três em três horas. Esse era o segredo para uma alimentação saudável e balanceada. Com isso, as pessoas se obrigavam a comer mesmo sem fome. Depois que o médico Yoshinori Ohsumi, ganhou o Nobel de medicina de 2017, comprovando os benefícios do jejum intermitente, as coisas mudaram. Caso você não conheça esse jejum, sugerimos a leitura esclarecedora deste texto: O que é Jejum Intermitente e para que serve?

Acredita-se agora que o jejum proporciona a autofagia, um mecanismo de autolimpeza que existe em todas as células do corpo. Quando comemos a cada três horas acumulamos toxinas associadas à morte celular e doenças. Assim, uma gama de pessoas vem pesquisando e aderindo à dieta do jejum intermitente.

No entanto, segundo a Dra. Sofhie Deram, coach em nutrição, cada corpo tem seu próprio metabolismo. Isso porque, respondemos de formas diferentes às privações alimentares. Por isso não dá para falar, sem uma análise mais profunda, que o jejum intermitente é a mais nova solução para todos os problemas. O que as pessoas ainda não sabem é que nem todo mundo pode fazer este tipo de restrição alimentar.

Quem não deve fazer jejum intermitente

De acordo com a nutricionista especialista em obesidade e emagrecimento, Clarissa Brugugnoli, o jejum intermitente deve ser sempre orientado por um nutricionista. Isso porque, nem todos terão benefícios com a prática do jejum e, em alguns casos pode fazer mal.

A nutricionista ressalta que este jejum não é indicado para indivíduos com histórico de distúrbios alimentares, grávidas, lactantes, crianças, pessoas com diabetes, com distúrbios gástricos e idosos acima de 70 anos. Além disso, pessoas que buscam o crescimento da massa muscular e atletas de alta performance o jejum não é recomendado.

Ela explica que para os atletas maratonistas, por exemplo, não é indicado esse tipo de jejum. Nestes casos, a perda de massa magra pode ser aumentada, influenciando no rendimento. “Claro que cada metabolismo deve ser avaliado de forma individual”, completa.

Além dos grupos citados acima, outros não devem aderir ao jejum intermitente. São eles: pessoas que fizeram cirurgia bariátrica, aquelas com sistema imunológico deficiente e as que sofrem de qualquer tipo de anemia.

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