Mais uma vez os cientistas envolvidos em estudos climáticos alertam para o que o planeta pode sofrer devido ao aquecimento global. Recentemente, um estudo das universidades de New South Wales, na Austrália, e de Purdue, nos Estados Unidos, pelo menos 50% do planeta sofrerá os piores cenários de modelos climáticos já presenciado desde o surgimento do primeiro hominídeo.
As últimas pesquisas foram publicadas na revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences, e deixam claro que, embora seja improvável que isso aconteça ainda neste século, é possível que já no próximo, várias regiões estejam sob calor intolerável para humanos e outros mamíferos.
De acordo com Peter Huber, da universidade de Purdue, um aquecimento médio de 7°C causaria algumas regiões a ultrapassar o limite do termômetro úmido (equivalente à sensação do vento sobre a pele molhada), e um aquecimento médio de 12°C deixaria metade da população mundial em um ambiente inabitável. O mais assustador é que quando se fala em um aquecimento médio de 12°C, isso significaria aumentos de até 35°C no termômetro úmido nas regiões mais quentes do planeta.
Toda a região que cerca a linha do equador está verdadeiramente condenada a se tornar uma área inóspita do planeta Terra.
Hipertemia
Hoje, de acordo com o estudo, as temperaturas mais elevadas nesta medida nunca ultrapassam 30°C. A partir de 35°C no termômetro úmido, o corpo humano só suportaria algumas horas antes de entrar em hipertermia (sobre-aquecimento). Atualmente, o calor já tem sido uma das principais causas da morte por fenômenos naturais no mundo. Calcula-se que um aumento de apenas 4°C medidos por um termômetro úmido já levaria metade da população mundial a enfrentar um calor equivalente a máximas registradas em poucos locais atualmente.
O estudo alerta que acreditar que o ser humano irá se adaptar a temperaturas mais altas é um erro, uma vez que, 100 ou 200 anos não é o tempo viável para uma seleção natural.
Fonte: bbc Imagens: peda/G1