Medicamento que promete recuperar os movimentos de pessoas paralisadas pode ser um marco histórico da medicina

Um estudo, publicado na revista Nature, foi parcialmente financiado pelo National Institutes of Health, um parceiro de pesquisa de saúde do governo dos EUA, mostrou que um medicamento é, hoje, a maior promessa de trazer de volta os movimentos de pessoas paraplégicas e até tetraplégicas vítimas de acidentes de carro, acidentes esportivos e quedas. O produto, que tem sido tratado com uma “promessa extraordinária”, já foi testado em ratos com a medula espinhal gravemente danificadas, e mostrou resultados bastante satisfatórios.

Ratos que antes eram incapazes de mover algumas partes do corpo e darem um único passo, passaram a se movimentar e caminhar quase tão bem quanto os animais saudáveis. Além disso, se tornaram mais ágeis e readquiriram o domínio de seus músculos da bexiga. Dos 26 animais testados, 21 melhoraram ou recuperaram seus movimentos quando fizeram uso da droga, o que indica um taxa de efetividade admirável.

Segundo o professor Jerry Prata, da Cape Western Reserve University, de Ohio, a droga proporciona uma esperança de recuperação sem precedentes. Ele revelou que cada um dos 21 ratos ganharam algo, em termos de funcionalidade e que hoje, qualquer paciente com lesão da medula espinhal, que fosse recuperado, seria considerado um caso admirável. “Estamos muito animados com a possibilidade de que milhares de pessoas poderiam, um dia, recuperar movimentos perdidos devido a lesões da medula espinhal”, declarou Prata.

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O tratamento já tem sido considerado um marco histórico da medicina. Todos os anos, milhares de pessoas de todo o mundo perdem a capacidade de andar após sofrerem acidentes que afetam gravemente a medula espinhal, dificultando a transmissão de mensagens vitais entre o cérebro e as pernas. Muitos desses acidentados teriam uma pequena melhoria em suas condições, no entanto, a maioria acaba ficando com algum tipo de deficiência. Os cientistas esperam que o medicamento possa trazer uma melhoria considerável em seres humanos, pois ao ser testado diariamente, por sete semanas, em ratos com medulas lesionadas as capacidades de caminhada, equilíbrio e controle de músculos da bexiga, dos animais foram totalmente ou parcialmente readquiridas.

É obvio que mais pesquisas serão necessárias para começarem a testar a droga em seres humanos. Os pesquisadores ainda não sabem por que a droga funcionou em alguns animais e não em outros.

Fonte: jornalciencia/dailymail   Imagens: catatanha/dailymail