Como era a VIDA DA MULHER SOLTEIRA na Idade Média?

O que acontecia quando a mulher solteira era muito pobre e não tinha dote? E quando não conseguiam um marido? Revelações imperdíveis!

As informações foram extraídas de trechos do livro : “A vida das mulheres na Europa medieval: um livro de referência” da historiadora Emily Amt.

Não é à-toa que a Era medieval é conhecida como “a Era das Trevas”. Isso é válido, principalmente quando falamos a respeito da vida das mulheres da época.

Para começo de conversa, o nascimento de um bebê do sexo feminino, não era motivo de comemoração e muitos pais tentavam se livrar das filhas assim que nasciam.

Quando isso não acontecia, a mãe cuidava para que a menina tivesse uma criação de bons modos e aprendesse a costurar, tecer, lidar com animais e cozinhar.

A grande preocupação de uma mulher solteira era se casar. E por isso, as mocinhas se comportavam muito bem diante da sociedade, usando cabelos presos ou cobertos por lenços.

Até as famílias mais pobres precisavam ter um dote para casar suas filhas. O dote era uma quantia em dinheiro, ou bens dada ao noivo no dia do casamento.  Uma forma de compensar o homem por estar se casando com a moça.

A pobreza dos camponeses era muito marcante na maioria da era medieval. E muitos pais, obviamente, não podiam juntar um dote para que suas filhas tivessem um marido.

Então, assim se que se tornassem mocinhas, as moças solteiras arrumavam trabalho como ajudantes de cozinha ou serviçal na casa dos nobres. Tudo isso para guardar o dinheiro e fazer o próprio dote.

Por terem que trabalhar para juntar alguma quantia, essas mulheres solteiras passavam a adolescência trabalhando e só se casavam após os 25 anos, que era considerado muito tarde para a época.

Muitas mulheres eram levadas pelos pais para se juntarem ao convento, uma vez que ter filha solteirona em casa, não era aceitável diante da sociedade.

Mas a Igreja não aceitava muito bem a moça solteira pobre do campo, devido a sua aparência encardida pelo trabalho no sol e sua educação precária.

Algumas moças plebeias acabavam desistindo do casamento e se tornavam “mulheres de vida fácil”, frequentando os banhos públicos e tavernas em busca de clientes.

Por causa disso, as mulheres com menos de 50 anos e saudáveis eram proibidas de alugar casas e quartos.

Ao mesmo tempo, se uma moça da nobreza não se casasse, seu destino de viver em um convento era quase certo.

Quando a família nobre tinha a infelicidade de terem muitas filhas, tinha que pagar vários dotes e, muitas vezes optavam por enviar a filha menos bonita para um convento como forma de diminuir os encargos financeiros.

Nestes tempos, havia uma crença de que não ter relações regularmente era ruim para a saúde de uma mulher adulta.

Se uma mulher em idade adulta, não conseguisse se casar, os médicos recomendavam que ela encontrasse uma parteira experiente para fazer o trabalho de um homem manualmente.