Selecionamos artigos científicos que comprovam que você vai ficar sem dentes se não parar de tomar Coca-Cola®

Já vamos iniciar este texto avisando que sim, Coca-Cola® (refrigerantes de cola em geral, inclui a Pepsi) faz muito mal para os dentes. Segundo o próprio site oficial, a Coca-Cola contém ácido orto-fosfórico. Os ácidos e açúcares inerentes têm potencial acidogênico e cariogênico, resultando em cárie dentária e potencial erosão do esmalte.

De acordo com o Dr. Fabrício Mendes do site Vida de Dentista, o ácido orto-fosfórico é exatamente o mesmo ácido utilizado por nós dentistas durante procedimentos para causar micro-abrasão nos tecidos dentários. Dr. Fabrício certa vez fez um experimento utilizando 2 garrafas de Coca-Cola® 600 ml. Numa colocou um incisivo permanente e na outra com um incisivo decíduo (de leite). Ambos sem cáries. Um mês depois, os dentes apresentaram alterações na coloração e na textura, sendo que o dente decíduo trazia defeitos profundos que atingiram até a câmara pulpar. Ou seja, um dentinho de leite do seu filho pode sofrer uma perda irreversível com este tipo de refrigerante.

Por falar em crianças, um artigo publicado no periódico Pediatrics examinou diversos alimentos, dentre eles a sacarose, a bebida de cola, o mel, o leite humano, o leite de vaca. Levando em conta que estes têm sido amplamente associados ao desenvolvimento de cárie na primeira infância, embora faltem evidências experimentais diretas. De fato, refrigerantes de Cola, sacarose e mel foram, de longe, os mais cariogênicos, ou seja, dos alimentos examinados estes contêm potencial poder de causar cáries. Além disso, cola e mel induziram considerável erosão, levando a lesões irreversíveis.

De acordo com um estudo publicado no Caries Research , quanto mais tempo as pessoas tomarem refrigerantes de cola e outros na vida, mais as erosões dentárias aumentarão. Este procurou comprovar o efeito erosivo das bebidas de cola e do guaraná (esse vendido no Brasil) no esmalte de dentes decíduos humanos, utilizando microscopia eletrônica de varredura (MEV) e estereomicroscopia para avaliar os estragos. Os dois produtos tiveram um efeito nocivo no esmalte.

O artigo publicado na General Dentistry adverte que a maioria dos refrigerantes são de natureza ácida e a exposição a essas bebidas pode resultar em grave erosão do esmalte dos dentes. Este estudo buscou medir o pH de 20 marcas comerciais de refrigerantes, incluindo Coca-Cola® e Pepsi®, a dissolução do esmalte resultante da imersão nessas bebidas e a influência do pH na perda do esmalte.  Versões açucaradas de cola e bebidas não-cola provou ser mais erosiva do que suas versões diet. No entanto, o poder de dissolução do esmalte, podendo alcançar a dentina foi claramente comprovado.

Um artigo publicado no Journal of Zhejiang University , relatou o caso de um jovem de 25 anos queixando-se com o desgaste severo dos dentes da frente durante os últimos três anos. Ele havia passado 7 anos de sua vida, ingerindo refrigerante de cola todos os dias e tinha má higiene bucal. Os desgastes severos estavam presentes nos incisivos e nos caninos, enquanto as lesões menos graves eram observadas nos pré-molares e nos molares. Todas as lesões eram irreversíveis e tiveram que ser tratadas com reparos.

Uma revisão de literatura publicada no Journal of Dentistry mostrou que há diversos relatos divulgados na literatura odontológico de alto grau de erosão dentária relacionados a refrigerantes. Os pesquisadores sugerem um protocolo urgente para incentivar o uso racional dessas bebidas e também uma modificação nas suas fórmulas para torná-las menos prejudiciais.

Acreditamos que diante destas provas científicas, muitas pessoas irão repensar seus hábitos de tomar Coca-Cola® todos os dias ou regularmente. Os pais devem estar fortemente avisados que começar a oferecer refrigerante aos filhos desde cedo está comprometendo sua dentição para o resto da vida.

Qual sua relação com a Coca-Cola?

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Fonte: Vida de dentista
Artigos: Grando LJ al / Ran Cheng et. al / Bowen & Lawrence / JainP et. al / JF Tahmassebi et. al
Imagens: Reprodução/ perguntea1dentista / equilibriumodontologia