O que você não sabia sobre o Dorflex®, pode fazer com que você nunca mais tome este medicamento

O problema é que a diferença entre “remédio” e “veneno” pode ser o mesmo princípio ativo em dosagens desproporcionais. De acordo com dados da Associação Brasileira de Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), a automedicação mal realizada é responsável, no Brasil, pela morte de cerca de 20 mil pessoas por ano.

Um levantamento realizado em 2013 pela consultoria IMS Health apontava o Dorflex® como o analgésico mais vendido do Brasil. Ele é indicado para dores de cabeça e para dor musculares, que resultam de processos traumáticos ou inflamatórios.

O problema é que este medicamento, que pode ser vendido sem receita médica em qualquer farmácia e um vasto número de pessoas tem usado este medicamento diariamente para os mais diversos tipos de dores, até mesmo para aquelas para os quais o medicamento não é indicado, como dores de estômago e cólicas menstruais, por exemplo.

A maioria das pessoas não se dá ao trabalho de ler a bula dos medicamentos que usa, e isso pode ser um grande erro. Este é o caso do Dorflex, que é composto do analgésico dipirona, o relaxante muscular orfenadrina e cafeína, que age como estimulante.

Problemas no coração

A orfenadrina tem uma ação anticolinérgica no organismo, evitando a ação da acetilcolina, um importante neurotransmissor que age no sistema nervoso central. Quando a pessoa faz uso do Dorflex® com frequência ou em doses maiores podem ocorrer problemas cardíacos como redução ou aumento do ritmo cardíaco, palpitações e arritmias cardíacas. Tais sintomas podem ser agravados com riscos para aquelas pessoas com problemas do coração. A Dipirona, que normalmente é reconhecida como um medicamento inofensivo, pode causar choque e reações anafiláticas que podem se tornar graves e com risco de vida, às vezes fatais. Estas reações podem ocorrer mesmo após Dorflex® ter sido utilizado previamente em muitas ocasiões sem complicações.

Distúrbios na pele

O uso excessivo deste medicamento, desencadeia reações leves na pele, mas que podem progredir para formas graves com urticária generalizada. Além das manifestações cutâneas e de mucosas de reações anafiláticas, podem ocorrer ocasionalmente erupções na pele e até síndrome de Stevens-Johnson (erupções cutâneas graves nas mucosas oral, genital, anal e ocular) ou síndrome de Lyell (necrólise epidérmica tóxica).

Fontes: dorflex / tuasaude / medicinanet / uol/ estadao Imagens: Reprodução/segredosdomundo / estadao