A última “contagem” do pinguim-de-humboldt (Spheniscus humboldti) foi em 2013 quando os especialista revelaram para o mundo que apenas 50 mil exemplares restavam no planeta. De acordo com a União Internacional de Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, em 2016, restam menos de 10 mil exemplares desta espécie no mundo inteiro. Os bichos, que são nativos do Peru e do Chile, foram colocados na lista das espécies altamente ameaçadas de extinção. Especialistas se prontificaram a cuidar para que a extinção definitiva não seja declarada.
Uma das formas de trazer de volta espécies consideradas extintas, ou com alto grau de perigo de extinção é a reprodução dos espécimes remanescentes em laboratório. Agora, depois de vários testes, cientistas japoneses do Museu de Ciências Marítimas de Shimonoseki revelaram que conseguiram de fato reproduzir o pinguim-de-humboldt em laboratório através de inseminação artificial.
Os pesquisadores conseguiram fecundar uma fêmea de 8 anos com o esperma de um macho de 11 anos de idade. O processo de reprodução artificial foi um sucesso: nasceram dois filhotes, macho e fêmea. “Nos últimos quatro anos, tentamos realizar a reprodução invitro diversas vezes e sempre tivemos fracassos. Fiquei mudo quando os filhotes nasceram sem dificuldades, foi inacreditável”, disse Tappei Kushimoto, chefe da equipe.
Essa notícia representa um grande passo para que esta e milhares de outras espécies ameaçadas de extinção tenham a chance de voltar a fazer parte da fauna do planeta. Pode parecer uma pesquisa banal para alguns, mas certificar-se de que o pinguim-de-humboldt pode se reproduzir em laboratório garante que esta espécie esteja de fato salva de desparecer.
Fonte: humboldt/ revistagalileu Imagens: Reprodução/pinterest/ surbound