Eles são muito baratos e às vezes custam apenas uma pequena fração do preço de um original. Mas os óculos falsificados e os que podem ser comprados em camelôs podem ser um péssimo negócio para a saúde ocular de quem os usa. Comercializados sem receita médica e sem nenhuma garantia de qualidade, os óculos de sol vendidos nos camelôs é a nova preocupação dos especialistas na saúde ocular.
Apesar de serem capazes de melhorar a visão momentaneamente, os óculos piratas representam um grande risco para a saúde ocular, tanto por atrasar o diagnóstico de doenças importantes quanto por trazer prejuízos diretos aos olhos.
A Academia Americana de Oftalmologia diz que óculos de sol sem proteção contra os dois tipos mais nocivos da luz UV (UVA e UVB) pode realmente pior do que se estivesse simplesmente usando um boné. Quando uma pessoa usa óculos de sol, a pupila se dilata naturalmente porque o organismo entende que está em um ambiente escuro. Óculos de sol sem proteção UVA e UVB simplesmente filtram a luz ambiente, o brilho, mas não fazem nada para proteger seus olhos. A exposição adicional aos raios UVA e UVB pode aumentar o risco de catarata, degeneração macular e até mesmo o desenvolvimento de melanoma ocular, que é um tipo muito raro de câncer. Há ainda o risco da fotoceratite, uma inflamação da córnea que ocorre após seis horas ininterruptas de exposição dos olhos ao sol cujos sintomas são vermelhidão, ressecamento e sensação de areia na vista.
Os oftalmologistas dizem que os “óculos de sol, mesmo que não tenham grau, devem ser comprados em uma ótica, pois estes são feitos especialmente com os filtros de raios UV adequados“. O fundamental é pedir na ótica as garantias necessárias e exigir lentes de qualidade. Ele recomenda ainda que as pessoas se exponham o mínimo possível ao sol e também fiquem atentas aos índices de UV divulgados pela meteorologia além de usar protetores solares.
Fonte: bbc/ bemestar/belezamasculina/ Imagens: Reprodução/odia/homensdeterno