Um novo estudo feito na Coréia do Sul evidenciou mais um problema causado pelo fumo passivo, que é quando o indivíduo é exposto a fumaça do cigarro. Nesse novo caso o estudo foi feito com bebês ainda dentro da barriga da mãe fumante. O resultado mostrou que os bebês expostos ao tabaco durante a gravidez, enfrentam um alto risco de desenvolver eczema e outros problemas na pele durante a infância.
Os cientistas observaram que crianças do ensino fundamental expostos a fumaça quando estavam no útero são 50% mais propensas a ter dermatite atópica. Os resultados foram obtidos utilizando exames de sangue e questionários sobre a exposição pré-natal a fumaça. A dermatite atópica é uma condição que inclui eczema e escamosas alérgicas, que levam a erupções na pele, pele seca e coceira.
Cerca de 3600 crianças com idade entre 7 e 8 anos tiveram seu sangue testado e os portadores de certas formas variantes de genes que codificam proteínas do sistema imunológico, foram mais propensas a ter dermatite atópica, se tivesses sido expostas a fumaça do cigarro quando no útero. Ou seja, o conjunto de ter uma variante do gene que codifica a proteína e o fato de ser exposto indiretamente a fumaça, podem se combinar para agravar o desenvolvimento de dermatite atópica.
A mãe fumante pode causar diversos outros problemas para o seu filho. Já foram feitos estudos que mostram que os bebês expostos ao tabaco no útero são propensos a terem mais cólicas, serem vítimas de abortos e nascimentos prematuros, complicações no parto, baixo peso, hipoglicemia, alta taxa de colesterol, diversas doenças pulmonares, dentre outros. Além disso as mães fumantes tem três vezes mais substâncias prejudiciais no leite do que no sangue delas.
Fonte: sciencenews e vilamulher