Arqueólogos encontram irrigador vaginal de 200 anos, usado por meretrizes do século 19

Enquanto escavavam terrenos pertencentes a Prefeitura de Nova York, mais precisamente no New York’s City Hal Park, arqueólogos encontraram o que parecia ser restos de uma festa que teria acontecido há 200 anos. Em meio a garrafas de cerveja, ossos de animais um objeto chamou a atenção pelo seu formato.

O tal objeto, descoberto em 2010, era um cilindro fino feito de osso com roscas de parafuso em cada extremidade, uma parte perfurada e uma tampa com um furo em seu centro. A arqueóloga Lisa Geiger havia trabalhado com peças semelhantes no Museu da Filadélfia e então revelou que o artefato era uma espécie de “irrigador vaginal”, muito usado por prostitutas da época.

Segundo os pesquisadores o irrigador vaginal serviaa princípio para evitar gravidez, ou seja, era uma espécie de contraceptivo onde líquidos espermicidas enchiam o objeto e eram injetados no canal vaginal. Os irrigadores, assim como atualmente, serviriam para manter a higiene íntima entre um cliente e outro e também como mecanismo para injetar medicamentos contra doenças sexualmente transmissíveis.




Katrina Eichner, membro da equipe de arqueólogos que estiveram envolvidos na descoberta, revelou que estes objetos também eram frequentemente usados com misturas abortivas para interromper gravidezes. “Prostitutas do século XIX usavam seringas semelhantes para injetar mercúrio, arsênico e vinagre no corpo para induzir abortos ou tratar doenças”, disse.

O irrigador vaginal não era apenas usado ​​por prostitutas. Ao que parece, as mulheres de todos os estratos socioeconômicos também empregavam os irrigadores e, em Nova York, as mulheres davam umas às outras como presentes de casamento.

O irrigador era um cilindro fino feito de osso com roscas de parafuso em cada extremidade, uma parte perfurada e uma tampa com um furo em seu centro. Foi usado no final do século 18 até final do 19.
smithsonianmag