Síndrome rara faz as pessoas se apaixonarem por todo mundo e serem extremante legais e sociáveis. Mas isso não é tão bom quanto parece

Uma criança que corre para abraçar desconhecidos na rua, aquela pessoa que insiste em conversar e ser agradável com todo mundo, aquele que se “apaixona” platonicamente por alguém que viu uma vez no supermercado. Esses podem ser sintomas de pessoas acometidas pela síndrome de Williams, uma doença genética com deleção de genes no cromossomo 7.

Por causa da doença, essas pessoas têm uma megaprodução de ocitocina, o hormônio do amor, o que faz com que elas estejam sempre abertas a serem extremamente entusiasmadas em se socializar e dispostas a agradar a todo custo. Além disso, possuem grande sensibilidade, tem uma memória fantástica para pessoas, nomes e local e uma atração refinada por música.

São pessoas extremamente inocentes. Depositam muita confiança em estranhos, não percebendo quando estão em perigo ou são vítimas de algum golpe, o que as deixa bastante vulneráveis. De acordo com o psicólogo Phil Reed, psicólogo da Universidade de Swansea, no Reino Unido, para eles, o mundo é um lugar muito amigável e há uma incompatibilidade entre sua extrema cordialidade e sua incapacidade de compreender as reações das pessoas.

Tudo isso poderia ser muito bom se essas pessoas não tivessem outras dezenas de complicações físicas e psicológicas por causa da síndrome. Os pacientes apresentam um rosto característico, conhecida no meio médico como “face de gnomo ou fadinha”, nariz pequeno e empinado, cabelos encaracolados, lábios cheios, dentes pequenos e sorriso frequente.

 Os médicos costumam explicar que a, a grosso modo, a síndrome de Williams pode ser definida como o “oposto do autismo”. Essas pessoas podem apresentar uma série problemas de saúde como baixo peso, dificuldade na alimentação, pouco tônus muscular, vasos sanguíneos estreitos, atrasos no desenvolvimento cognitivo, baixo timbre de voz, excesso de cálcio no sangue, sensibilidade a sons, dentes espaçados e problemas renais.

fiocruz / ufba / bbc/ hypescience
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