Na verdade é impossível saber ao certo o que aconteceu com esta cobra, mas é bem possível que ela esteja “fingindo” que está agonizando e morrendo. Eu sei. É realmente difícil acreditar que uma serpente possa ser atriz, mas a verdade é que algumas espécies podem sim simular que estão morrendo para se livrar de predadores. Chamamos este fenômeno de tanatose. Vejam os casos abaixo:
1- Serpentes das espécies Heterodon platirhinos e H. nasicus (Hognose snake) são verdadeiras atrizes e são capazes de simular cenas de morte com direito a efeitos sonoros. Quando se sente ameaçada elas torcem o corpo ficando de barriga para cima, abrem bem a boca e regurgitam sua última refeição. Logo depois ficam moles como se tivesse acabado de morrer. Podem ficar ali por horas e quando se sentem seguras, recuperam sua vitalidade e saem de fininho!
2- Serpentes da espécie Lampropeltis getula e todas as suas subespécies também se fingem de mortas acionando saltos que imitam uma convulsão. Durante sua performance elas podem fazer cocô e se contorcem freneticamente jogando fezes no inimigo, em seguida se enrolam toda e”morrem”. Elas só saem desta posição depois que o adversário desencorajado se vai.
3- A cobra da grama (Natrix natrix e várias subespécies), encontrada da Inglaterra para o leste do Mediterrâneo, acrescenta uma bomba de fedor à sua performance de morte. Ela defeca durante sua “agonia”, acrescentando uma secreção presente em suas glândulas anais com cheiro forte que afasta seus inimigos.
4- A serpente Hemachatus haemachatus é uma atriz inteligente capaz de fingir de morta como ninguém. Vira de barriga para cima e fica mole com a boca escancarada e língua bem esticada para fora. Para aumentar a veracidade da atuação ela pode sujar a boca na terra enquanto estrebucha.
Não dá para saber se o vídeo da cobra negra é um caso de tanatose, mas é possível que ela esteja sim fingindo um “ataque epilético” ou coisa parecida. Se algum especialista puder acrescentar alguma informação ficaremos agradecidos.
Outra performance bem interessante da Hangnose Snake (caso 1)
Fonte: PawNation
Colaboração do Biólogo Luiz Gabriel Nogueira
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