Ritual indiano agressivo faz pessoas engolirem peixes vivos para curar os sintomas da asma [vídeo]

Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. O pulmão do asmático é diferente de um pulmão saudável, como se os brônquios dele fossem mais sensíveis e inflamados. Assim, o organismo da pessoa identifica os agentes irritantes e faz com que a musculatura que existe em volta do brônquio se contraia, fechando o órgão e impedindo que o ar contaminado entre nos pulmões.

Os tratamentos consistem, principalmente, de medicamentos broncodilatadores. Mas em algumas regiões na Índia no lugar de usar os tratamentos corriqueiros, as pessoas com asma são obrigadas a engolir um peixe vivo como terapêutica para a doença. Todos os anos no mês de junho, diversas pessoas asmáticas se reúnem em uma cidade ao sul de Hyderabad para engolir o peixe recheado com uma pasta amarela de ervas, na expectativa de que isso irá ajudá-los a respirar mais facilmente.

A pasta de ervas é um segredo da família Goud, responsável pelo ritual. Segundo eles a fórmula da pasta amarela foi recebida de um santo hindu em 1845. O vídeo abaixo mostra o momento que os peixes são lambuzados com a pasta e enfiados goela abaixo das pessoas para garantir que sejam engolidos. As ervas são inseridas na boca de uma sardinha viva, ou de uma variedade conhecida como murrel. O peixe, que mede aproximadamente 5 cm desliza pela garganta do paciente, muitas vezes causando vômitos.

Segundo os membros da família Goud, este ritual promove a cura da asma e de outras complicações respiratórias. O tratamento, que precisa ser administrado por 3 anos consecutivos, ainda exige que o paciente passe por uma dieta rigorosa por 45 dias. A família não cobra pelo tratamento e milhares de pessoas atravessam o país em busca da cura da asma em todo mês de junho.

Grupos de direitos humanos e médicos não concordam com tratamento, argumentando de que não tem suporte científico e representa uma violação dos direitos humanos, além de ser anti-higiênico. Mas tanto as pessoas em busca da cura quanto a família responsável pelo ritual ignoram totalmente os argumentos médicos.

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Fonte: jornalciencia/dailymailminhavida  Imagens: dailymail