Sabia que se respirarmos oxigênio puro podemos morrer?

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“Meu professor disse que se respirarmos oxigênio puro, podemos passar mal e até morrer. Queria saber por quê.” (Henrique Silveira)

 O ar que respiramos é uma mistura complexa de gases, com cerca de 21% de Oxigênio, 78% de Nitrogênio e 1% de outros gases, além de variações de vapor de água… Acontece que somente o oxigênio é absorvido, os outros gases entram, mas são liberados na expiração.

A principal finalidade da respiração é fornecer oxigênio fresco para o sangue nos pulmões e desfazer-se do gás carbônico. O sangue absorve e supri nosso organismo deste elemento tão necessário a nossas funções.

Em uma pessoa normal o oxigênio extraído do ar é suficiente para nutrir as células de todo o corpo. Nós inspiramos, o alvéolo se enche de ar, e, pelo mecanismo de difusão nas suas paredes, ocorre as trocas gasosas do sangue. Em situações anormais, como de asfixia, que a quantidade de oxigênio está reduzida, seja por entrada de água ou de fumaça nos alvéolos, aumenta-se a oferta do gás para 40 a 75%, e desta forma auxiliar a restauração do sistema. Misturas de até 65% de oxigênio no ar podem ser inaladas por períodos longos sem efeitos negativos à saúde.

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O oxigênio respirado a 100% é tóxico aos pulmões e, por não dizer, a todo o nosso organismo. Foto: Reprodução/salud

Porém, o oxigênio respirado a 100% é tóxico aos pulmões e, por não dizer, a todo o nosso organismo. O excesso (à pressão atmosférica) pode colapsar os alvéolos, isto é, estes diminuem de tamanho, murcham pela falta do nitrogênio, diminuem assim a troca gasosa pelo sangue e chegam a fechar totalmente, pendendo a sua função. Só para uma observação: Em condições normais, o nitrogênio que inspiramos fica preso no alvéolo para mantê-lo inflado. Outras implicações da toxicidade do oxigênio puro é a formação de edema pulmonar (acúmulo de fluídos nos pulmões), fortes dores no peito e cegueira. Já em exposição à pressão acima da atmosférica, como em ocasiões de mergulho profundo, os sintomas são náuseas, tontura, câimbras musculares, confusão mental, turvação da visão, convulsões e eventualmente a morte.

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O ar que respiramos é uma mistura complexa de gases, com cerca de 21% de Oxigênio, 78% de Nitrogênio e 1% de outros gases, além de variações de vapor de água. Foto: Reprodução/alunosonline

Fontes: hsw e cbaxi