Hipótese do Macaco Aquático: o homem pode ter realmente vindo de um ancestral aquático?

“Que negócio é esse de “Macaco Aquático”? Isso é verdade mesmo?” Júlia Alba

“… Será que você poderia explicar em linguagem simples a Teoria do Macaco Aquático? Ouço falar nisso, mas quando procuro algo para ler, não entendo nada!” Rosa Bastos

Júlia e Rosa, como o próprio nome já diz Hipótese do Macaco Aquático (HMA) é uma “hipótese”, ou seja, é formulação provisória, com finalidades de, depois, ser comprovada ou verificada. É algo que você supõe, mas que ainda não foi cientificamente demonstrado.

A hipótese do macaco aquático ou símio aquático sugere que  ancestrais mais ou menos próximos dos humanos teriam adotado, durante um certo período, um estilo de vida semi-aquático na costa africana, seja pela necessidade de buscar alimento na água, ou de defender-se de predadores. E de acordo com esta hipótese, nós seres humanos, temos diversas características que sugerem que durante a evolução, passamos por uma fase que vivíamos a maioria do tempo dentro d’água. Tais características teriam nos diferenciado dos orangotangos, gorilas etc… de hoje.

Segundo os cientistas que defendem essa hipótese, os primeiros hominídeos se originaram nas savanas africanas. Esses ancestrais dos seres humanos “desceram das árvores” e se adaptaram a uma vida nos campos abertos. As savanas Africanas se mostraram ambientes muito quentes e secos, pouco favoráveis. Fugindo do calor, estes seres migraram progressivamente em direção ao mar. Começaram então a caçar (peixes, moluscos, crustáceos) em águas rasas e, mais tarde teriam se adaptado também à grandes profundidades. Hoje, as pessoas que creem em sereias tem usado esta hipótese como argumento. De qualquer forma, esta HMA não é cientificamente aceita e tem sido tratada como uma “cegueira científica”.

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A hipótese do macaco aquático ou símio aquático sugere que ancestrais mais ou menos próximos dos humanos teriam adotado, durante um certo período, um estilo de vida semi-aquático na costa africana, seja pela necessidade de buscar alimento na água, ou de defender-se de predadores.

Mas, quais características dos seres humanos que suportam a “Hipótese do macaco aquático”?

* O homem é um dos poucos mamíferos terrestres com o corpo quase totalmente pelado: Para se locomover em um ambiente aquático, o homem primitivo teria progressivamente perdido a pelagem, o que diminuiu o atrito na água e deu mais velocidade, assim como aconteceu com outros mamíferos aquáticos como os cetáceos. Só que, a maioria dos antropólogos acreditam que a falta de pelo nos seres humanos se deu devido ao mecanismo de termorregulação que, ao contrário da maioria dos primatas, usam a transpiração como uma fonte significativa de perda de calor por evaporação.

* Bipedalismo: O bipedalismo oferece inúmeras vantagens na água, permitindo atingir superfícies rasas e mais profundas, melhora o equilíbrio e reduz a pressão sobre as costas , quadris e joelhos e ainda melhora a circulação sanguínea. Por outro lado, andar sobre duas pernas, também oferece inúmeras vantagens em terra, o gasto de energia é menor e capacidade de corrida de longa distância, que os seres humanos fazem melhor do que a maioria dos mamíferos terrestres.

* Controle da respiração: Os humanos também são os únicos mamíferos capazes de controlar a própria respiração propositalmente. Segundo especialistas, esta, é um característica que só se desenvolve em animais nadadores. Elefantes, por exemplo, não conseguem prender a respiração.

* Cérebro bem desenvolvido: De acordo com os defensores da hipótese, o cérebro humano (proporcionalmente o maior entre os animais) atingiu este tamanho devido ao Ácido docosahexaenóico (DHA), um ácido graxo ômega-3, encontrado em frutos do mar. Esta substância comprovadamente estimula o crescimento do cérebro em mamíferos.

* Bebês humanos possuem “reflexo do mergulho”: Quando o bebê humano nasce em partos na água, ele possui “reflexo do mergulho”. Sua laringe fecha automaticamente e ele começa a remar seus braços e pernas por alguns segundos preciosos. Se um bebê orangotango nascer na água, certamente irá afundar como um pedra. Além disso, bebês humanos já nascem bem gordinhos, e a gordura do bebê pode proporcionar maior flutuabilidade na água, também podemos observar isso nos cetáceos.

* Localização da laringe: Em quase todos os mamíferos terrestres, a laringe se localiza no interior da cavidade nasal, mas nos seres humanos a laringe fica na garganta, assim como acontece com as baleias e golfinhos. Nestes cetáceos, a posição da laringe lhes permite fechar a traqueia durante o mergulho. Nos seres humanos, a localização da nossa laringe é que permite vocalizar e prender o folego para o mergulho.

No mais, tire suas conclusões!

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Os defensores da Hipótese do Macaco Aquático se defendem dizendo que quando o bebê humano nasce em partos na água, ele possui “reflexo do mergulho”. Sua laringe fecha automaticamente e ele começa a remar seus braços e pernas por alguns segundos preciosos.
Fonte: Aquatic Ape Hypothesis e Privitimism