Livro de Ciências para o 8° ano tem imagens de órgãos sexuais e texto “indecente”. Pais entraram na justiça pedindo intervenção do Ministério Público

Já falamos aqui sobre diversos livros e cartilhas de educação sexual que tem causado bastante polêmica junto aos pais, direção das escolas e mídias sociais. Um dos livros mais polêmicos sem dúvida é aquele que ensina crianças de 9 e 10 anos a fazer sexo e tem até um “kama sutra” e outro, amplamente comentado e discutido foram as polêmicas cartilhas de Educação Sexual para crianças de 6 a 12 anos. Também já mostramos o livro infantil da década de 1970 que mostra como os bebês são feitos e que tem deixado as pessoas indignadas. As três publicações geraram polêmica, pois muitos leitores acharam que as cartilhas eram bastante ousadas para as idades a qual foram indicadas, no entanto, outras pessoas acreditam que é melhor aprender sexualidade de forma correta, nas escolas ou em leitura controlada, do que de forma distorcida na internet.

Agora, seguindo a mesma linha, o livro 8 de Ciências do Projeto Apoema, distribuído pela Editora do Brasil causou uma polêmica tão grande que foi parar da justiça. Mais de 150 pais fizeram um baixo-assinado e remeteram ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO) requerendo a retirada do livro adotado pela  Escola Estadual Júlio Guerra em Ji-Paraná (RO). O livro que está sendo utilizado por pré-adolescentes que têm em média 13 anos tem ilustrações de pênis ereto, autoexame de mama e do órgão reprodutor feminino.

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) diz que o livro não pode ser censurado ou ter páginas retiradas, pois isso fere o fundamento constitucional. O livro faz parte do conjunto de obras indicadas pelo Ministério da Educação (MEC) para todas escolas brasileiras a partir de 2017.

A mãe de um aluno de 13 anos achou o livro muito “pesado” para a idade e que nesta idade, ainda não há um despertar para a sexualidade. Segundo a mãe, o capítulo onde aparece a ilustração de um pênis e do autoexame de mama tem cerca de 40 páginas e explica sobre a puberdade, os órgãos genitais e suas fases. “Neste livro eles incitam à criança, que está no início da adolescência, a descobrir a vida sexual. Também vulgarizam a virgindade da criança, dizendo que ela pode sofrer bullying e que se ela perder a virgindade pode ser melhor”, reclama a mãe.

Enquanto alguns pais querem a retirada do livro, outros são contra o abaixo-assinado. Uma mãe de uma aluna de 13 anos que estuda na escola onde os livros foram distribuídos, acha que  falar abertamente sobre sexualidade é um modo de instruir os jovens e evitar a gravidez na adolescência.

O Seduc, no entanto, garante que a escolha do livro didático é um processo bastante democrático e toda a equipe gestora e os professores participam da escolha do conteúdo.

 

Qual sua opinião sobre este tipo de obra na educação do pré-adolescente?

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Fonte: G1 / Diariodebiologia / Editora do Brasil