Inventor do café em cápsulas se arrepende da criação ao perceber os danos ambientais que as embalagens trarão ao planeta!

Com o surgimento do café em cápsulas muitas pessoas acreditam que se trata de “evolução” do café e que agora todos devem encontrar uma maneira de adquirir uma máquina daquelas. No entanto, as embalagens combinadas ao aquecimento têm deixado cientistas e médicos bastante preocupados.

Embora essa “novidade” seja recente, nos Estados Unidos, um em cada cinco pessoas já beberam o café ou chá em cápsulas – K-Cups, como é conhecido internacionalmente. O que fez com que o produto ocupasse o segundo lugar como o mais popular do país, perdendo apenas para o método de café tradicional.

Só em 2013, 8 milhões de cápsulas descartáveis foram produzidas e o número de cápsulas descartadas já era suficiente para dar a volta ao mundo 11 vezes. Com versões mais baratas de máquinas e cápsulas lançadas nos últimos dois anos, além do incentivo fiscal anunciado pelo governo brasileiro esse ano, o número de pessoas consumindo e descartando cápsulas de café aumentou ainda mais no Brasil.  A crescente demanda pelo novo método levantou preocupações de críticos e cientistas sobre a composição do material usado pela na fabricação das cápsulas, pois poderiam ser prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

O grande problema, além do uso de matérias primas, é que as cápsulas de café são recicláveis na teoria, mas na prática é trabalhoso demais e não vale a pena o investimento. As cápsulas descartáveis são feitas de plástico, alumínio e um tipo de material orgânico e a reciclagem exigiria a separação desses materiais, isso sem falar que, no Brasil, apenas 3% do lixo reciclável é realmente reciclado.

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A  longo prazo, não se sabe o tamanho dos efeitos  ambientais negativos vindos dessas embalagens. Inclusive, John Sylvan, o criador do produto diz estar arrependido em tê-lo criado devido ao imenso impacto gerado por sua criação. “Não importa o que digam, as cápsulas nunca serão recicláveis”, afirmou ele ao jornal The Atlantic.

A preocupação levou a cidade de Hamburgo, segunda maior da Alemanha, ser a primeira do mundo a proibir a compra de cápsulas de café por repartições públicas. A medida introduzida em janeiro de 2016 faz parte de um grande esforço da gestão pública para reduzir a quantidade de resíduos sólidos lançados ao meio ambiente. O documento afirma que “essas pequenas embalagens causam gastos desnecessários e geram resíduos que, geralmente, contêm alumínio poluente” .

Fontes: uol/ ecycle/ insectashoes/
Imagens: Reprodução/ neuronews/ noticia