Cadelinha fofa do Rio de Janeiro adota sete filhotes de gambá

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Em alguns lugares do Brasil, sair no quintal e deparar-se com um gambá, ou saruê, como também é conhecido, não é nada incomum.  Especialmente nas regiões litorâneas, onde o que ainda resta de nossa Mata Atlântica contrasta com a paisagem urbana, não é raro que, em sua caçada noturna, algum desses animais acabe indo procurar por comida no lugar errado, na hora errada.

Foi o que aconteceu no Rio de Janeiro, na casa do tio de Stephanie Maldonado. Segundo ela, uma fêmea de gambá desavisada acabou invadindo o quintal da casa, onde havia uma cadela. Acabou sendo atacada, junto com um de seus filhotes, deixando órfão o restante da ninhada, composta de mais sete indivíduos.

A história poderia ter tido um final trágico. Poderia, mas não teve. Felizmente, ainda existem pessoas conscientes como Stephanie, que sabem que nenhum animal é insignificante no meio ambiente. Para quem não sabe, esses animais são adeptos de uma dieta onívora, o que significa que além de alimentar-se de frutos, também atuam no controle da densidade populacional de espécies que podem ser indesejáveis para os seres humanos, como insetos, vermes e anfíbios, que também fazem parte de sua alimentação. No entanto, vários desses animais são mortos todos os dias por pessoas que não compreendem ou simplesmente ignoram sua importância.

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Para a alegria dos filhotes que sobreviveram, Stephanie e sua família eram diferentes. Após terem recolhidos os filhotes e administrado os cuidados básicos, Stephanie preocupou-se com a temperatura corporal dos animais. Foi aí que uma outra cadela, também diferente, entrou na história.

Ao mostrar os filhotes para sua própria cadela, Pretinha, a reação desta, ao invés de atacar, foi cuidar dos filhotes como se fossem seus. Agora, Stephanie e Pretinha trabalham juntas na recuperação dos pequenos. Como Pretinha não tem leite, cabe a ela aquecer e fazer companhia aos filhotes, enquanto Stephanie os alimenta, ao mesmo tempo em que busca informações sobre o melhor lugar para onde encaminhar estes animais, que sem sombra de dúvida, não é uma ratoeira e muito menos uma lata de lixo.

Infelizmente, nem todo gambá perdido tem a mesma sorte desses pequenos e acaba indo parar em um desses destinos nada agradáveis. Fica a nossa torcida para que exemplos como o de Stephanie e Pretinha deixem de ser fatos extraordinários, e tornem-se tão comuns quanto um saruê perdido no quintal.

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Fontes: poracaso/ suapesquisa   Imagens: Reprodução/poracaso