Quando uma mulher de 52 anos de idade, com histórico de depressão foi encaminhada por seu médico para fazer colonoscopia, ninguém imaginava qual o seria o problema. Felizmente, ela não tinha câncer, como o médico desconfiava, embora apresentasse um forte inchaço abdominal.
Os médicos seguiram a metodologia normal para a colonoscopia e o procedimento foi considerado simples e seria rotineiro se uma barata não tivesse sido encontrada dentro do intestino, mais exatamente no cólon transverso, da mulher. Os médicos ficaram bastante perturbados e a barata, que estava morta, óbvio, apresentava o corpo intacto com todas as pernas, cabeça, segmentos e tudo mais.
O inseto foi aspirado e enviado para laboratório para identificação. Tratava-se de uma ninfa de Blattella germanica (barata alemã) da família Blattellidae, uma praga comum em residências. A paciente conta que vivia uma infestação de baratas em casa e é possível que tenha ingerido a barata inteira com algum alimento.
Os médicos ficaram intrigados em como o suco gástrico poderia ter permitido que a barata passasse pelo estômago e intestino delgado sem ser digerida. Bem, sabemos que os insetos, inclusive as baratas, possuem um exoesqueleto constituído principalmente por quitina, um carboidrato do grupo dos polissacarídeos. É uma estrutura bastante rígida que permite uma grande resistência de sua carapaça.
O acontecimento virou artigo científico e foi publicado na US National Library of Medicine intitulado: “An unusual finding during screening colonoscopy: a cockroach!”
Fonte: discovermagazine