Sensacional: abelhas que constroem ninhos a partir de fragmentos de plásticos

 ”Os seres vivos lutam pela sobrevivência e o vencedor é a espécie melhor adaptada ao ambiente. Os mais aptos e adaptados vivem por um período maior de tempo e geram mais filhos. Já os seres vivos menos aptos vivem menos e deixam número menor de descendentes. De forma gradual, aumenta a frequência de mais aptos e diminui a de menos aptos. Até que os menos aptos desaparecem e são substituídos pelos mais aptos.” (Origem das Espécies, 1859. Charles Darwin).

As abelhas do gênero Megachile desenvolveram novas habilidades para não sucumbir aos avanços tecnológicos. Elas são de origem européia e foram introduzidas em outras regiões por serem polinizadores por excelência de alfafa, cenoura e outros legumes. Por serem solitárias, elas não constroem colmeias.

As fêmeas possuem ferrões, mas ambos os sexos usam suas mandíbulas como mecanismo de defesa, geralmente só se defendem quando pressionados ou molestados. Quando em estado selvagem, constroem seus ninhos em pequenos buracos no chão ou em rachaduras em paredes com materiais de origem vegetal. Com base nessas informações, pesquisadores buscaram nas regiões onde foram introduzidas, da espécie Megachile rotundata que costuma usar pedaços de folhas e flores para construir seus ninhos. Segundo o estudo, três entre oito ninhos, continham uma proporção de 23% de fragmentos de plásticos. Mas marcas irregulares visíveis nas bordas sugerem que as abelhas não cortam o plástico e as folhas da mesma maneira.

A Megachile rotundata costumava utilizar pedaços de folhas e flores para construir seus ninhos. Foto: Reprodução/ wildbienen

Os pesquisadores acreditam que a espécie tenha adicionado esse material acidentalmente, uma vez que o material se assemelha aos usados pelas as abelhas. Esse processo pode ser uma adaptação útil em um ecossistema dominado pelo homem.

A construção de ninhos com adição de fragmentos de plásticos, lhes oferecem vantagens e desvantagens. As folhas quando mastigadas pelas abelhas, formam uma cola natural, processo que não ocorre com o plástico. Isso facilita o desmoronamento do ninho. Em contrapartida, o ninho não é atacado por parasitas por possuir fragmentos de plásticos.

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Os pesquisadores acreditam que a espécie tenha adicionado esse material acidentalmente, uma vez que o material se assemelha aos usados pelas as abelhas. Esse processo pode ser uma adaptação útil em um ecossistema dominado pelo homem. Foto: Reprodução/yfile
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MacIvor e Moore 2013, mostrando ninhos construídos com polietileno. Foto: Reprodução/ standingoutinmyfield

Fontes: animalplanet, wikipedia e miniweb

Este texto é de autoria do Biólogo Paulo Alex