“Sempre fazer xixi sentado é o menor dos problemas”. Homem de 35 anos conta como é ter um micropênis

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Para um homem, ter um micropênis não deve ser fácil. De acordo com estudos, um em cada 200 homens passa pelo problema.

A micropenia é definida como hipoplasia congênita do pênis.

Neste artigo, um homem de 35 anos conta como é ter um micropênis.

Mas, antes, vamos entender o problema.

O que é um micropênis?

De acordo com estudo publicado no Journal of Dental and Medical Sciences [1],  a micropenia é uma condição de um pênis cujo comprimento quando esticado flácido está a 2,5 (ou mais) centímetros a menos que o tamanho médio da sua faixa etária, porém funcionando normalmente.

A prevalência do problema é de 1/10 mil nascimentos de meninos.

A causa, na maioria das vezes, é idiopática, ou seja, não tem explicação.

Contudo, dentre as causas identificáveis podemos citar, por exemplo:

  • deficiência do hormônio do crescimento e/ou gonadotrofinas,
  • pequenos graus de insensibilidade a andrógeno,
  • anormalidade cromossômica
  • hipogonadismo
  • anormalidade pituitária
  • diversas síndromes genéticas (doenças congênitas)
  • e, por fim, variações em genes homeobox
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Imagem do médico fazendo diagnóstico de micropenia. Imagem: Soumeya F. et al

Micropenia tem cura?

Quando os pais buscam ajuda para os filhos ainda criança, normalmente, há jeito.

O estudo [1] diz que em metade dos casos, o micropênis em crianças (principalmente deficiência idiopática e hipofisária) responde favoravelmente ao tratamento.

Na deficiência idiopática, o medicamento andrógeno funciona bem.

Ao mesmo tempo, quando há uma deficiência hipofisária,  hormônio de crescimento biossintético em excelente resposta.

Contudo, os resultados mais satisfatório se deram em crianças menores de 6 anos de idade.
Ou seja, quanto mais tarde buscar tratamento, mais difícil é a recuperação.

Um caso real de um homem com micropênis

Robert (nome fictício), de 35 anos contou à Cosmopolitan como é a vida de um homem adulto com micropenia.

Seu órgão mede 2,5 cm quando flácido e 6,8 cm completamente rígido.

Ao mesmo tempo, é um órgão bem fino, se assemelhando, segundo ele, a uma salsicha de coquetel, em máxima rigidez.

Ele diz que na infância, a única coisa que ele queria era fazer xixi em pé, como todos os meninos.

Mas que hoje, a pior coisa em ter um micropênis é ter que conviver com mulheres e homens falando o tempo todo sobre o quanto o tamanho do genital masculino é importante para uma relação.

Um dia, eu ouvi quatro das minhas colegas no trabalho concordando que homens com genital pequeno são simplesmente indesejáveis”, disse.

É obvio, que elas não sabiam que eu era um desses homens.”

Micropenia: Homem de 35 anos conta como é ter um micropênis
Para os médicos, a micropenia é uma condição de um pênis cujo comprimento quando esticado flácido está a 2,5 centímetros a menos que o tamanho médio da sua faixa etária. Homem de 35 anos conta como é ter um micropênis.

 

A única relação sexual foi humilhante

Durante toda sua vida, Robert teve apenas uma relação sexual aos 23 anos, e que, para ele foi extremamente humilhante.

Ela era estudante universitária e quando tirei a roupa, ela olhou para ele e colocou a mão na boca mostrando que estava imensamente surpresa.

Neste dia, descobri que o preservativo jamais ficaria nele, mas resolvemos tentar sem proteção.

O pior momento foi quando eu já estava lá e ela repetia: ‘Já está dentro?’.

Todas as vezes que ela disse isso eu só queria morrer.

Ela parecia não sentir nada, e, quando por um momento eu pensei que pudesse estar fazendo algo direito, ela se levantou e disse que precisava de um copo d’água. E foi assim”, contou, extremamente desapontado.

Robert também revela que além das péssimas experiências pessoais, a mídia tem sido cruel com homens que tem um micropênis.

A sensação é que não somos bons o suficiente para nenhuma mulher.

Passo todos os meus dias lendo artigos, posts de fóruns, vendo vídeos sobre o assunto, mas até agora nada muito concreto foi feito a respeito, ” explicou.

Ele tem tidos conversas virtuais com centenas de mulheres e, todas elas, se mostram interessadas e entusiasmadas em “conhecer um micropênis”.

“… Mas eu não estou preparado, ” argumenta.

Atualmente, não estou focado em ter uma vida amorosa.

Eu tento me concentrar em outros assuntos que me interessam” disse.

“Neste momento da vida, lutar para conquistar alguém e ter que me afirmar como homem me deixaria mais ansioso e deprimido ainda. Não preciso dessa humilhação.”

Robert termina a entrevista contando que quando se sente atraído por uma mulher, tenta focar no que ela tem no coração e não em seu corpo.

cosmopolitanc