Você dorme de maquiagem? Olha o que aconteceu com essa mulher?

Dormir de maquiagem: veja o que aconteceu com essa mulher

Que atire a primeira pedra a mulher que nunca chegou exausta da balada e dormiu de maquiagem. Essa preguicinha aconteceu com a maioria. Contudo, o fato é que dormir de maquiagem não pode se tornar um hábito. Essa prática pode levar a graves problemas, sobretudo, danos oculares. Veja o que aconteceu com a australiana Teresa Lynch.

Teresa sempre teve cílios escassos. Assim, na juventude descobriu que o rímel deixava seus cílios alongados e os olhos mais bonitos. Ela passou a usar diariamente, mesmo se fosse passar o dia em casa. “Era como um ritual: eu acordava, escovava os dentes e passava o rímel. Depois do banho, passava de novo. Eu nunca esquecia”, disse.

Contudo, este não era o problema. Teresa não tinha o hábito de retirar a máscara dos cílios antes de ir para a cama. E foi assim por pelo menos 25 anos: rímel todos os dias até durante o sono. Agora, aos 50 anos, as consequências vieram. Teresa passou a sentir incomodo nos olhos. “Tinha algo preso nos meus olhos. Era impossível tirar, doía, coçava e arranhava”, explicou.

Dormir de maquiagem: veja o que aconteceu com essa mulher
Ela sofreu cicatrizes permanentes em sua pálpebra e na superfície de sua córnea.

Ao ser examinada por oftalmologistas, descobriu-se que o problema estava no interior de suas pálpebras. O acúmulo de rímel se calcificou em caroços que ficaram presos dentro da camada de pele. Algo extremamente dolorido e incômodo. O caso de Teresa foi publicado na revista científica Ophthalmology (1) e vários especialistas comentaram, desde então, o caso.

De acordo com o estudo, ao everter das pálpebras superiores revelou-se múltiplas concreções subconjuntivais de pigmentação escura, algumas erodindo através da superfície conjuntival. Isso causou uma conjuntivite folicular irregular e a erosões pontuadas. O exame histopatológico de uma biópsia conjuntival revelou infiltrado inflamatório crônico com macrófagos pigmentados. Ou seja, o sistema imunológico passou anos tentando se livrar do pigmento até que não houve mais por onde lutar.

Dormir de maquiagem: veja o que aconteceu com essa mulher
Após a retirada dos grânulos de pigmento, a palpebral ficou extremamente danificada. A cirurgia demorou 90 minutos.

O professor John Dart, do Instituto de Oftalmologia da UCL explicou que  o rímel, como muitos cosméticos, contém componentes, muitos dos quais são potencialmente tóxicos. Podemos citar o  óxido de ferro para escurecer os cílios; um polímero para formar um filme que reveste os cílios; um conservante; e ceras ou óleos espessantes, como lanolina, óleo mineral, parafina, petrolato, óleo de mamona, cera de carnaúba e cera de candelila.

Leia também: Qual seu tipo de conjuntivite? Entenda a diferença entre conjuntivite viral, bacteriana, alérgica e química?

insightnews  artigo científico (1)