Chamamos de micose de pele as infecções causadas por fungos que atingem as camadas mais superficiais da pele, assim como as unhas e os pelos/cabelos. Os fungos estão em toda parte, o que facilita a transmissão. Porém, não significa que você vá desenvolver a doença. Assim, muitos deles encontram no nosso corpo o local ideal para sua proliferação. Isso porque a queratina, substância encontrada na pele, unhas e cabelos, é o alimento para estes fungos, inclusive o fungo na pele. Existem pelo menos cinco tipos de micoses da pele e seus anexos mais comuns em humanos. Com nosso guia, você poderá identificar qual micose pelas imagens e como tratar.
⚠️ Atenção: O diagnóstico das micoses deve ser feito por um profissional médico/dermatologista, assim como o seu tratamento.
Para que a micose se desenvolva, é necessário que se reúnam condições que a favoreçam. Pessoas com o sistema imune fraco, ou usuários de antibióticos recorrentes são os mais atacados. Contudo, na maioria dos casos é necessário haver contágio. O que diferencia as manifestações na pele são: o tipo de fungo na pele, o local da infecção e a resposta do sistema imune do hospedeiro (da pessoa).
Micose de unha
Conhecida como Onicomicose, essa talvez seja a infecção por fungos mais comum. As unhas dos pés são as mais afetadas por enfrentarem ambientes úmidos, escuros e quentes com maior frequência do que as mãos. Esse ambiente é considerado ideal para o crescimento dos fungos. A forma mais frequente é a que a unha se descola, geralmente iniciando pelos cantos. O espaço fica oco, podendo acumular restos de queratina e bactérias, além dos fungos. O aspecto geralmente: uma unha disforme (com relevo áspero) e tom amarelado/esverdeado
Pano branco (micose de pele da praia)
Geralmente, trata-se da doença pano branco ou micose de praia, é conhecida no meio científico pelo nome pitiríase versicolor. Trata-se de uma micose superficial, causada pelo fungo Malassezia furfur. Esse fungo produz uma substância que impede a pele de produzir melanina quando exposta ao sol. Desta forma, nos locais onde o fungo está, a pele não fica bronzeada. Por isso, o resultado é o surgimento de mancha branca na pele. Por este motivo, é conhecida no meio popular como “micose de praia”. Porém, o fungo causador desta doença vive naturalmente em nossa pele e couro cabeludo. O pano branco na pele ocorre, a saber, pela proliferação exagerada deste microrganismo, sem ter relação alguma com o contato a areia ou ambientes como a praia. O resultado é o surgimento de pequenas manchas brancas, geralmente nas costas, pescoço e nos braços.
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Frieira (pé de atleta)
A frieira é tão comum quanto a micose de unha e é considerada uma das micoses mais conhecidas no mundo. Os fungos chamados de Dermatófitos – Trichophyton, Mycrosporon ou Epidermophyton – se alojam nos pés, entre os dedos, nas laterais, na sola e até mesmo nas unhas, e é caracterizada por bolhas ou rachaduras. Esta micose de pele pode acontecer pelo contato com objetos contaminados, como toalhas, pisos úmidos, calçados e meias. Assim como, por frequentar locais onde geralmente as pessoas andam descalças, como piscinas, banheiros públicos, saunas e balneários.
Impingem
Também chamada de “tinea corporis” ou “tinea do corpo”, esta micose de pele é também causada por fungos Dermatófitos. Após o contato com os fungos, entre 4 a 10 dias, geralmente surge uma erupção de forma circular com bordas ligeiramente elevadas e ásperas. No centro da lesão a pele pode parecer saudável. O grande problema é a coceira. Essa micose coça bastante e coçar pode espalhar as estruturas infectantes do fungo por toda a pele, piorando a infecção.
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Micose do couro cabeludo
Essa micose de pele é conhecida no meio médico como “tinea capitis” ou “tinea do couro cabeludo”. A doença é uma das mais comuns, principalmente em locais de grande aglomeração, como orfanatos e asilos. O sintoma mais frequente dessa micose é a queda do cabelo (alopecia), com áreas arredondadas no couro cabeludo. A coceira pode ser intensa e têm aparência descamativa e avermelhada. Além disso, os fungos também podem causar a quebra do cabelo próximo do couro cabeludo, gerando “clareiras” nas áreas afetadas.
TS / DC