A Coca-Cola® fabricada no Brasil possui maior concentração de substância cancerígena no mundo, diz estudo

Coca-cola do Brasil tem maior taxa de substância cancerígena do mundo

Excluindo a água da lista, a Coca-cola é a quinta bebida mais consumida do mundo. Ela perde, segundo pesquisas, para o café, chá, suco de laranja e a cerveja.  As primeiras Coca-Colas fabricadas no Brasil, apareceram em 1942, distribuídas por uma fábrica inaugurada no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro.  Mas, agora parece que ficou comprovado que a maior taxa de substância cancerígena do mundo na coca-cola está nas que são fabricadas no Brasil. O problema está no caramelo usado na receita.

A indústria da Coca-Cola assegura que a bebida é a mesma em qualquer parte do mundo: tem 88% de água, 9,976% de açúcar, 2% de gás carbônico e 0,024% do famoso xarope. Há quem diga, que a Coca brasileira parece ser mais doce do que nos outros países. Mesmo assim, a empresa diz que a diferença é devido a variações da matéria-prima empregada como edulcorante.

Contudo, um teste realizado pelo Center for Science in the Public Interest (1) de Washington D.C. revelou que a Coca-Cola vendida no Brasil possui a maior concentração do 4-metil-imidazol (4-MI). Este é um subproduto presente no corante Caramelo IV, classificado como supostamente cancerígeno depois de teste toxicológicos com ratos.

Além da Coca-Cola fabricada no Brasil, latinhas vendidas no Canadá, Emirados Árabe, México, Reino Unido e nos Estados Unidos também foram avaliadas quanto a concentração do 4-metil-imidazol. Infelizmente, de todos, o Brasil foi o país na qual essa substância apareceu em uma concentração superior às demais. Aliás, o estudo mostrou que o refrigerante vendido no Brasil contém 267 microgramas de 4-MI para cada latinha. O mais assustador é que essa concentração é muito maior quando comparada com a Coca-Cola® vendida no Quênia. A receita do Quênia ficou na segunda posição, com 170 microgramas por latinha.

Leia também: Coca-Cola, Ambev e Pepsico não venderão mais refrigerantes em escolas

O governo da Califórnia estipulou a necessidade de uma advertência nos alimentos que contiverem mais que 29 mcg da substância. No entanto, a Coca-Cola® do Brasil traz nove vezes o limite diário de 4-MI.

Uma pesquisa da Revista do Idec (edição 165) verificou que a regulação brasileira sobre o tema é falha. Assim, fabricantes de refrigerantes e energéticos não querem informar a quantidade da substância tóxica em seus produtos. “Acreditamos que uma postura preventiva deve ser adotada. Assim, já que a saúde dos consumidores que está em jogo, algo precisa ser feito”, diz o Idec.

Os responsáveis por estes estudos que trouxeram tais revelações à tona, esperam que os limites do Caramelo IV nos alimentos sejam alterados. Assim como a legislação atual sobre o assunto que é também falha.

revistaforum Artigo:  (1)