O paracetamol (Tylenol) é um dos medicamentos de alívio da dor mais vendidos do mundo. A maioria de nós recorre a um Tylenol para diversos tipos de dores. Para dor de cabeça tomamos com a mesma rotina de escovar os dentes. Mas isso não sempre a melhor opção.
Com base em pesquisas recentes, os efeitos colaterais a curto e longo prazo do paracetamol podem envolver mais do que danos potenciais no fígado. Selecionamos sete efeitos do paracetamol que os pesquisadores estudaram nos últimos anos e que questionam a segurança e a eficácia da droga.
Você perde suas emoções
Isso mesmo! O paracetamol, mais conhecido na comunidade médica como acetaminofeno, pode aliviar sua dor de cabeça, mas também pode adormecer suas emoções. Pesquisadores da Ohio State University, orientados pelo Dr. Baldwin Way, investigaram como o acetaminofeno poderia realmente reduzir os sentimentos das pessoas. Os voluntários que fizeram uso do paracetamol mostraram muito menos emoção ao relataram pequenas histórias tristes, envolvendo morte e doença, em comparação com aqueles que tomaram o placebo. No entanto, eles ainda não compreendem os mecanismos emocionais ou psicológicos por trás da capacidade da droga de reduzir a empatia. O estudo foi publicado na revista científica Social Cognitive and Affective Neuroscience.
Cérebro perde habilidade de processar erros
Recentemente, os cientistas começaram a investigar o efeito do paracetamol no cérebro e no comportamento das pessoas. A pesquisa citada acima, que mostrou que a droga poderia destruir as emoções foi o gatilho para outros cientistas aprofundarem nos estudos do cérebro em relação ao medicamento. Assim, o estudo descobriu que o paracetamol realmente prejudicava a capacidade das pessoas de detectar erros. Isso quer dizer que a droga não somente afeta sentimentos importantes, mas também pode mexer com sua capacidade de resolução de problemas. O autor do estudo disse que ao que parece, o paracetamol torna mais difícil de reconhecer um erro, o que pode ter implicações para o controle cognitivo na vida diária. O estudo foi publicado na revista científica Social Cognitive and Affective Neuroscience.
Reduz a testosterona dos recém-nascidos
De um modo geral, o paracetamol é seguro para gestantes, em dose certa, lógico. No entanto, uma pesquisa recente questiona a segurança da droga quando se trata do bebê que está sendo gerado. A pesquisa descobriu que o paracetamol foi ligado a queda dos níveis de testosterona em camundongos bebês machos. Uma vez que o estudo foi feito apenas em ratos, não há nada com que se preocupar se você tomar pílulas ocasionais de Tylenol durante a gravidez, mas os pesquisadores recomendam que grávidas encontrem outra opção antes. O estudo foi publicado na revista científica Science Translational Medicine.
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Pode causar TDAH
Outro estudo estatístico recente encontrou um dado assustador que relaciona o uso de paracetamol na gravidez e filhos com TDAH. Estudando crianças com TDAH, foi visto que a maioria das mães usaram paracetamol na gravidez para baixar eventos febris. No entanto, os pesquisadores não foram conclusivos de que a droga foi realmente a causa do problema. Segundo eles, há outros fatores no estilo de vida dessas mães que podem ser culpados. Mas, fica a dica! O estudo foi publicado na revista científica JAMA Pediatrics.
Não funciona para dor nas costas
Uma das descobertas mais surpreendentes sobre o paracetamol é que ele não funciona bem para dores nas costas. Um grupo de pesquisadores australianos descobriram que o paracetamol não fazia quase nada para ajudar a tratar a dor nas costas. Mas, é ainda um dos mais eficientes para dores de cabeça, dor de dente e outros tipos de dor. Outro estudo chegou a uma conclusão semelhante e recomenda que os médicos devem reconsiderar recomendações do medicmaneto para dor nas costas. Ainda dizem neste estudo que osteoartrite em certas articulações e doenças no quadril e no joelho também não é um bom medicamento. No entanto, não tenha medo de continuar usando doses seguras desta droga para tratar dor e febre. O estudo foi publicado na revista científica The Lancet.