Cachorros idosos também podem ter Alzheimer. Veja como reconhecer o problema e o que fazer para prevenir

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Cachorros idosos podem ter Alzheimer. Aprenda a reconhecer e prevenir a doença

Nos humanos, o Alzheimer é causado como resultado de disfunções proteicas das placas senis e dos emaranhados neurofibrilares do cérebro. Quando isso acorre, há vários episódios de morte em massa de neurônios e, portanto, redução de seu tamanho. É uma doença debilitante progressiva que não tem cura. O que muita gente não sabe é que essa doença pode acontecer também com os cachorros.

Um estudo publicado no periódico Neurobiologia, revela que animais idosos podem mostrar dificuldades de aprendizagem e queda no desempenho de atividades que exigem a memória. O declínio no aprendizado e na memória já pode surgir em cães já aos 7 anos de idade. Na verdade, o Alzheimer canino é conhecido na comunidade veterinária como síndrome da disfunção cognitiva (SDC). De acordo com outro estudo publicado no Reprositório Institucional da Unesp, trata-se de uma desordem neurodegenerativa progressiva de cães idosos, caracterizada por um declínio da função cognitiva.

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Não há testes diagnósticos específicos para essa síndrome, porém podem-se observar alterações no exame neurológico, nos testes cognitivos e na ressonância magnética. O diagnóstico é confirmado por meio do exame histopatológico do tecido cerebral, depois da morte do cão.

E como reconhecer essa doença?

Os donos de cães idosos podem ficar alertas para indícios importantes de mudança comportamental. Um dos primeiros sintomas é quando o cão passa a urinar ou defecar em locais não habituais. A desorientação e a falta de interação com humanos e outros animais também pode acontecer. Além disso, a agressividade extrema seguida de apatia são bastante comuns em cães com essa doença.

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A qualidade do sono também pode ser afetada e o animal não raro apresenta períodos mais prolongados de vigília ou sono. A desorientação espacial, por sua vez, costuma vir acompanhada de dificuldade para percorrer rotas conhecidas, distinguir a saída da casa ou prever a hora da alimentação.

O que fazer para preveni-la?

Assim como nos humanos, uma vez instalado, o Alzheimer canino não tem cura. Mas de acordo com estudos, acostumar o seu cão desde pequeno com dietas ricas em antioxidantes e exercícios físicos e cognitivos podem prevenir a doença. Um cão que vive preso em casa, que não interage com outros animais e com alimentação pobre em antioxidantes tem mais chances de desenvolver a doença.

 Artigos científicos: Heckler, Marta Cristina et al  /  Heckler et al