A doença celíaca também chamada de Enteropatia sensível ao glúten é uma reação imunológica que causa intolerância a glúten, uma proteína encontrada no trigo, cevada e no centeio. Uma das saídas para melhorar a qualidade de vida das pessoas com a doença é a produção de alimento geneticamente modificado.
Mais de 150 mil pessoas por ano no Brasil apresentam a doença que acompanha sintomas clássicos como a diarreia, inchaço, gases e fadiga. É um pouco difícil o seu diagnóstico, pois algumas pessoas não apresentam sintomas ou são minimizados por medicados, apesar da doença não ter cura.
Todavia, os celíacos podem ter uma nova chance de comer o pão diariamente sem se preocupar com o glúten, pois pesquisadores do Instituto de Agricultura Sustentável de Córdoba, Espanha, decidiram fazer modificações genéticas no trigo retirando todos os genes responsáveis pela proteína do glúten.
A pesquisa foi divulgada no Plant Biotechnology Journal e já está trazendo ânimo e alegria para os que sofrem com a doença. Os cientistas utilizaram uma técnica chamada de CRISPR/Cas9 para remover os genes do trigo que produzem as gliadinas, uma das proteínas que formam o glúten e são as mais propensas a causarem a resposta celíaca. A pesquisa segue num bom ritmo, uma vez que dos 45 genes principais da gliadina, os cientistas já removeram 35 deles e os testes já demonstram resultados positivos e encorajadores.
O glúten ainda é um alvo entre os novos hábitos alimentares, tendo em vista que muitas pessoas seguem “dietas” de famosos e decidem retirar totalmente o glúten da alimentação, porém antes de fazer isso é necessário um acompanhamento médico, pois a sua retirada pode acarretar outros problemas de saúde, como o diabetes tipo 2, caso você não possua a doença celíaca, por isso, consultar o médico é o melhor remédio.
No mais, vamos aguardar ansiosos as novas descobertas desta pesquisa e torcer que os cientistas consigam remover esses genes, assim teremos em breve nas padarias, um delicioso pão sem glúten para todos!