Depois da morte da famosa fisiculturista Meegan Hefford, de 25 anos, novos debates vêm sendo feitos sobre o abuso na dieta hiperproteica. Essa dieta, muito conhecida entre os “ratos de academia”, é famosa por causar um rápido emagrecimento e ganho de massa magra, devido a uma ingestão de proteína em grande quantidade.
A causa mortis da moça só foi confirmada dois meses depois de ter sido encontrada morta em seu apartamento. Ela morreu exatamente quando estava se preparando para uma competição e passou a consumir quantidades altas de proteínas para definir os músculos.
A questão da morte de Meegan ficou esclarecida depois que foi descoberta que a jovem sofria de uma doença genética que impede o corpo de quebrar as proteínas (uma macromolécula) em partículas menores, gerando o acúmulo de amônia, uma substância tóxica no organismo.
A doença conhecida como “Distúrbio do Ciclo da Ureia”, consiste em uma série de reações enzimáticas que convertem a amônia, liberada durante o catabolismo das proteínas, em ureia. Isso resulta em níveis elevados de amônia no plasma sanguíneo.
♥ Proteínas: quais a principais fontes e porque elas são tão importantes para você
Neste caso, em especial, a jovem jamais deveria fazer uma dieta rica em proteínas, já que seu corpo é incapaz de metabolizá-las. Mesmo assim, as pessoas que não sofrem deste distúrbio, mas insistem na dieta da proteína para definir os músculos e ganhar massa magra, precisa tomar cuidado.
Nosso intestino é capaz de absorver no máximo 20 gramas de proteína por refeição e um valor maior será suprimido pela urina. Se não tivermos secreção apropriada de enzimas digestivas, a proteína não será transformada em aminoácido e, assim, não será utilizada.