Através de publicações de usuários das redes sociais, é possível detectar suas doenças mentais, diz estudo

2372

Se você publica muitas fotos nas redes sociais, saiba que elas podem indicar seu estado de saúde mental. A partir da detecção de alegria ou tristeza, essas fotos podem até ajudar a detectar uma depressão, antes do diagnóstico clínico.

Cientistas de duas universidades norte-americanas divulgaram que o tipo de fotografias que as pessoas colocam na rede social Instagram pode ajudar a prever e detectar através de um algoritmo um estado de depressão. Esse algoritmo pode detectar mais rapidamente a doença do que o próprio diagnóstico clínico.

Esse estudo, publicado na EPJ Data Science, mostrou que a taxa de detecção de 70% através das redes sociais é mais garantido em comparação ao sucesso de 42% dos casos resolvidos por médicos. Os cientistas contaram com a participação de voluntários, que compartilharam o seu Instagram e o seu histórico de saúde mental. Ao todo foram recolhidas 43.950 fotografias de 166 pessoas, sendo metade pessoas que declararam ter passar por um momento de depressão nos últimos três anos.

Ao analisar as fotos, aliadas à informação psicológica sobre a preferência das pessoas pelo brilho, cor e sombra na fotografia, os pesquisadores concluíram que pessoas mais deprimidas tendiam a divulgar fotos mais melancólicas, escuras e com menos qualidade em comparação com aquelas publicadas por pessoas saudáveis.

Outra observação importante foi que as pessoas saudáveis usam filtros com cores mais quentes e brilhantes, já as pessoas deprimidas utilizam filtros que normalmente utilizam as cores preto e branco. O fato de mostrarem menos o rosto nas fotos compartilhadas também pode ser um indicador de que as pessoas deprimidas tendem a interagir menos.

Os cientistas afirmam que a utilização desse algoritmo pode ser capaz de auxiliar as pessoas no início das doenças mentais, evitando falsos diagnósticos. Essa ferramenta também pode ser utilizada para apoiar a detecção precoce para aquelas pessoas que não tem acesso a médicos especialistas.

zap