Experimento mostra que a pobreza pode afetar o cérebro negativamente

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Já se sabe que crianças menos abastadas e com condições menos favorecidas tem a tendência de ir mal na escola. Muitos fatores sociais podem contribuir para isso, como por exemplo, as situações de estresse familiar, falta de nutrição adequada e ainda a falta de atenção dos pais.

Muitos cientistas estão pensando e estudando cada vez mais em outros fatores relacionados a esse quadro, mas os estudos estão em uma área recente e ainda pouco explorada pela ciência. O diferencial é que a tecnologia mudou muito, possibilitando o avanço no estudo do cérebro.

A sobrecarga mental de pessoas menos favorecidas e a preocupação constante com a falta de alimentação e preocupação com o ganha-pão diário pode ter efeito direto na memória e na inteligência de curto prazo.

Experimentos também mostraram que pessoas vivendo em situação de pobreza tem resultados piores em testes de cognição comparados com pessoas em situação confortável e de alto nível educacional. Apesar disso, é difícil dizer o que é causa e o que é consequência: se o cérebro não funciona bem e, em seguida, fica-se mais pobre, ou o inverso.

Outros experimentos com crianças, que tem seu desenvolvimento cerebral maior nos primeiros anos de infância, mostraram que a pobreza afeta o cérebro das crianças que crescem na pobreza, com prejuízos principalmente nas áreas que processam a linguagem complexa. Isso pode levar a um estreitamento do córtex, quando algumas áreas podem chegar a desaparecer se não forem estimuladas por longos períodos. No entanto, os pesquisadores dizem que não há como estabelecer uma relação de causa-efeito entre a pobreza e a deterioração do cérebro.

Fonte: BBC
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