Famosa revista imprimiu uma edição usando sangue de pessoas com HIV. Será que isso é seguro? Você compraria essa revista?

O Ministério da Saúde estima que, no Brasil ,734 mil pessoas vivam com HIV. Em todo o mundo, são cerca de 35 milhões. Com o objetivo de quebrar o estigma sobre HIV e Aids, três mil cópias revista masculina alemã Vangardist foram impressas usando tinta misturada com o sangue três pessoas com HIV.

A agência de publicidade Saatchi & Saatchi, responsável pela campanha soltou um comunicado avisando que o sangue foi esterilizado para desativar completamente o vírus antes que fosse misturado à tinta de impressão. Todas as 86 páginas da revista foram impressas com essa tinta. A edição limitada foi vendida na Áustria, Alemanha e Suíça.

De quem era o sangue

O sangue utilizado neste projeto pertencia a três rapazes soropositivos. Um deles, Wyndham Meadque estrategista digital de 26 anos, que é americano mas mora em Berlim, topou participar da iniciativa porque achou que poderia “fazer a diferença”. “Fiquei orgulhoso em saber que, juntos, criamos algo bonito e que, espero, possa servir para algo bom”, diz Wyndham.

No Brasil

Se você ficou assustado com essa ideia, saiba que algo semelhante já aconteceu em São Paulo, quando ONG brasileira lançou uma campanha com “cartazes HIV-positivos”. Em cada cartaz há uma gota de sangue de um paciente soropositivo. Eles espalharam 300 cartazes pela cidade. De acordo com a ONG, o cartaz é seguro, já que o HIV não sobrevive mais de uma hora fora do corpo humano.

 

Fonte: bbc  Imagens: leosigh