No século 19, mulheres negras eram usadas em dolorosos experimentos ginecológicos sem anestesia. Era assim que o médico treinava!

James Marion Sims, é considerado o pai da ginecologia. Até hoje é ovacionado pela classe como o primeiro ginecologista da história. Em 1845, Dr. Sims inaugurou o primeiro hospital para as mulheres no Alabama. No entanto, médicos e cientistas questionam o seu título devido a seus métodos polêmicos que envolviam escravas e dispensavam anestesias.

Nesta época, mulheres que sofriam de fístulas vesicovaginais – quando surge uma ligação entre a bexiga e a vagina, geralmente causada por um parto inadequado  – eram consideradas socialmente inaptas. Mas ainda não havia uma técnica cirúrgica para o problema. Ele então, realizou cirurgias experimentais em escravas (mulheres negras) que sofriam de fístulas vesicovaginais para investigar, desenvolver e melhorar as técnicas que resolveriam os problemas.

Ele experimentou suas técnicas em mulheres negras durante 5 anos. A história diz que em uma destas mulheres, Sims a operou pelo menos 30 vezes, o mesmo local. O médico, aprimorou suas técnicas através da experimentação em escravas e só mais tarde, iniciou os procedimentos de cirurgia reparadora em mulheres caucasianas, com o uso de anestesia. Foram com estas cirurgias experimentais, em negras e sem anestesia, que Dr. Sims abriu o caminho para cirurgias vaginais da forma que conhecemos agora.

No século 19, o sonho de beleza das mulheres era se parecerem com um tuberculoso. As tentativas mataram muitas jovens

Estas mulheres negras devem ser lembradas como heroínas, pois passaram por dores dilacerantes e foram expostas a experiências que as traumatizariam por toda a vida. Os procedimentos experimentais como histerectomia, laqueadura tubária foram feitos nessas condições insalubres, as negras escravizadas ainda seriam testadas para avaliação a reação de algumas doenças.

Chocante: historiador faz pesquisa e revela como eram as cirurgias no século 19

Atualmente, a comunidade médica tende a aceitar que o trabalho de Sims constitui uma fonte de conhecimentos, mas trata-se de uma fonte que carrega um alto preço ético caso alguém utilize suas informações.

Fonte: HistoriaPreta Imagem: habibacooperdiallo