“A minha dúvida é a seguinte: quais são os riscos possíveis de se dividir coisas como comidas, canudos, copos e talheres com outras pessoas (tanto familiares próximos como amigos)? Esse hábito é realmente tão anti-higiênico quanto parece?” (Fernanda Honorato)
Olá, Fernanda! Muitas pessoas tem o hábito de dividir objetos entre a família e amigos. Entre os mais comuns estão: copos, talheres, canudos, batom, escova de cabelo, entre outros. A questão principal nesse caso é a propagação de doenças. A atenção e cuidado devem sempre estar presentes, mesmo que sejam familiares e amigos próximos.
No caso de objetos de beleza, como batom, rímel, escova de cabelo, pode acontecer uma propagação de fungos e bactérias causadores de irritações que variam de sensação de ardor e coceira até sérias infecções. Por exemplo, as infecções oculares podem abranger conjuntivites bacterianas ou virais, herpes e tracoma. Infecções orais e outros problemas podem acontecer também, entre elas: herpes, mau hálito, doenças na gengiva e cáries. O compartilhamento da escova de cabelo pode levar a uma micose conhecida como pitiríase versicolor ou até mesmo disseminar piolhos.
Toalhas de corpo e de rosto também devem ser de uso pessoal e higienizadas com frequência. Até a ida na manicure deve ser cuidadosa: por meio de alicates, esmaltes e lixas contaminadas pode ocorrer a transmissão de micoses para as unhas e para a pele, além da transmissão de hepatites B, C e HIV. Por isso levar seus próprios materiais é imprescindível.
Objetos mais comuns, como copos, por exemplo, podem transmitir herpes, hepatite A, amigdalite e também viroses respiratórias. Se alguém doente bebe água e encosta a boca no copo, a bebida já está contaminada, e mesmo que outra pessoa tome sem encostar a boca no copo, ela terá contato com bebida que contém a saliva contaminada. Para se proteger a orientação é lavar com água e sabão latas, garrafas e copos antes de serem usados.
Vale lembrar que o hábito de compartilhar pode ou não causar problemas, variando de acordo com a resistência imunológica da pessoa, a temperatura local e o tempo de permanência dos microorganismos nesses objetos.
Fonte: saude / g1.globo Imagens: elliberal / mdsaude