Terremotos devastadores, mas com baixa intensidade: como explicar?

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Um terremoto de magnitude que 7,8 atingiu o Equador  vitimou centenas de pessoas e feriu grande parte da população. O terremoto foi o maior desde 1979.

Alguns terremotos de amplitude similares mostraram ser menos devastadores.O que explica essa questão, é em parte, a estrutura das cidades e o  diferente nível de riqueza dos países, o que reflete nos padrões usados na construção civil. Você deve se lembrar dos terremotos que atingiram o Nepal no ano passado, que mataram mais de 8 mil pessoas, e tinham magnitude 7,3 e 7,7.

Outro exemplo é o Chile. O governo tomou medidas rigorosas para evitar futuras tragédias depois que, em 1960, um tremor de magnitude 9,5 matou mais de 5 mil pessoas. Ocorreu uma reconstrução, com uma arquitetura que permitisse edifícios mais resistentes a tremores. Já no Equador e no Nepal, poucas construções são feitas pensando nisso.

Outro ponto importante que deve ser levado em conta é a geologia. A falha geológica responsável por esses abalos no Chile e Equador é bastante evidente: uma enorme fossa que faz o solo do Oceano Pacífico se posicionar embaixo da América do Sul a uma velocidade de quase 10 cm por ano, fato que chama a atenção e que deveria ser uma prioridade para os governos em questão de segurança. No Equador Isso não parece ocorrer muito, sendo mais frequente no Chile. Desde 1900 houve pelo menos sete terremotos de magnitude 7 ou maior próximos 250 km da região do último tremor.

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Alguns países ao redor do mundo vivem em zonas rodeadas por muitas falhas, dispersas ao longo de milhares de quilômetros. Entre o mar Mediterrâneo e a Indonésia, por exemplo, há uma grande rede de falhas criadas pela pressão das placas tectônicas africana, indiana e árabe sobre a placa euro-asiática. As cidades de Istambul e Teerã estão em algumas das zonas mais perigosas do planeta quando se pensa em abalos sísmicos.

Fonte: bbc Imagens: Reprodução/thecrux/ bbc /