Se uma pessoa tem muitos fatores de risco para doenças cardiovasculares, a chegada do frio torna o cenário ainda mais perigoso. É o que diz uma pesquisa publicada pelo British Medical Journal, periódico científico inglês. Nos dias frios, os índices de infarto aumentam em 30%, principalmente quando a temperatura está abaixo dos 14 graus.
A relação entre o coração e as baixas temperaturas ocorre porque, quando os receptores nervosos da pele sentem o frio, estimulam a liberação de catecolaminas (substâncias que, dentre outros efeitos, contraem os vasos sanguíneos). Com isso, a pressão sanguínea aumenta, podendo levar a ruptura de placas de gordura no interior das artérias. “Um dos principais motivos é a vasoconstrição, que diminui o diâmetro das artérias. Isso reduz o fluxo sanguíneo e a oferta de oxigênio no organismo”, explica o dr. Cesar Jardim, cardiologista-chefe do Clinic Check-up HCor .
Nas cidades onde o inverno é realmente frio, os cardiologistas recomendam que as pessoas se mantenham mais agasalhadas e consumam bebidas mais quentes como chá ou até um achocolatado. Além disso, é imprescindível que os exercícios físicos não sejam interrompidos. É a atividade física que vai manter o corpo aquecido e fazer com que a pessoa tenha menos necessidade de se esquentar. A prática física garante que a vasoconstrição não aconteça e isso é um fator importante para evitar o infarto.
É importante ressaltar que livrar-se dos fatores de risco é essencial em qualquer clima. Entre os mais frequentes, destacados pelos médicos são o tabagismo, hipertensão, sedentarismo, obesidade e estresse. Infartos são mais frequentes em homens, especialmente a partir dos 45 anos, embora os infartos sejam mais fulminantes em mulheres.
Fonte: coracaoalerta/ socesp/ g1/ uol Imagens: Reprodução/neurocentro/ clicrbs/